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Brasília

PCDF investiga 11 estupros no Riacho Fundo

Abraão Ramos Fausto, 27 anos, já foi reconhecido por quatro vítimas que foram violentadas em um matagal entre Samambaia e Riacho Fundo

Vítor Mendonça

27/08/2024 6h00

Atualizada 26/08/2024 23h33

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Foto: Divulgação / PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga 11 casos de estupro que podem levar a um mesmo algoz. Abraão Ramos Fausto, 27 anos, já foi reconhecido por quatro vítimas que foram violentadas em um matagal entre Samambaia e Riacho Fundo entre novembro do ano passado e agosto deste ano. A 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo) suspeita que ele seja o autor de outros sete crimes do mesmo tipo e que mais casos surgirão após a divulgação do rosto do agressor.

Em entrevista ao Jornal de Brasília, o delegado-chefe da unidade de investigação, Johnson Monteiro, destacou que Abraão foi preso após o último caso de estupro cometido por ele, no último dia 15 de agosto, cuja vítima tinha 46 anos. As quatro vítimas, que foram violentadas no mesmo local, o reconheceram na quinta-feira da última semana (22).

Ele foi preso temporariamente na sexta-feira (23) à tarde enquanto saía de casa, no CAUB II, no Riacho Fundo. Ele trabalhava como frentista na Asa Sul. De acordo com o delegado, dentro da residência em que Abraão mora com a irmã, foram encontrados um celular, produto de roubo de uma das vítimas, de novembro do ano passado, e dois pertences da última vítima do dia 15 de agosto, sendo um fone de ouvido e um boné.

Quando abordado em casa, o agressor afirmou que não era culpado, segundo o delegado. Mas ao ser inquirido formalmente, ele permaneceu calado, já na presença do advogado de defesa. Ele está preso na carceragem da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP).

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Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

“Acreditamos que, da maneira como ele agia, há ainda muito mais vítimas. Já temos a certeza da autoria dele e vamos colher outras provas para deixar a investigação mais robusta e consistente. […] Temos outros sete casos com a possibilidade de que tenha sido ele que cometeu. Ao longo dessa semana, vamos chamar as vítimas para fazer o reconhecimento”, disse o delegado.

De acordo com ele, a divulgação da imagem de Abraão é crucial para que outras denúncias possam ser feitas, uma vez que a investigação não descarta que ele tenha cometido os mesmos crimes de estupro e roubo em outras Regiões Administrativas do DF. Ele chegou a filmar o ato com a última vítima com o próprio celular.

Os quatro casos com o reconhecimento das vítimas aconteceram, além do mais recente registrado no dia 15 de agosto, nos dias 14 de dezembro, a uma vítima de 25 anos; em 26 de maio, a uma mulher de 35 anos; e em 17 de abril, a uma vítima de 21 anos.

O celular encontrado com o algoz é de uma mulher que foi violentada no dia 22 de novembro, de 31 anos, que registrou ocorrência na época, mas ainda não o reconheceu na delegacia após a prisão. O caso mais antigo em que a PCDF suspeita da autoria de Abraão aconteceu em setembro de 2022.

Abordagem amistosa

De acordo com o delegado Johnson Monteiro, a abordagem de Abraão fugia do convencional ao abordar as vítimas. Ao invés de anunciar um assalto no primeiro contato, optava por desenvolver uma conversa, afirmando que fora assaltado e que precisava do celular emprestado para fazer uma ligação à polícia, sempre de maneira amistosa para ganhar a confiança das mulheres, normalmente abordadas sozinhas em uma parada de ônibus próxima à uma passarela na EPNB.

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Dessa forma, sem levantar suspeitas, em dado momento retirava uma faca do bolso e anunciava o assalto, ameaçando as vítimas caso não seguissem suas ordens. Ele as conduzia a um matagal na região e as estuprava sem proteção. Segundo Johnson, Abraão cometia os crimes entre 21h e 00h, provavelmente na volta do trabalho, se aproveitando do horário com baixa movimentação.

Ele tem duas passagens pelos crimes de receptação em janeiro de 2024 e por dirigir sem habilitação em julho do mesmo ano.

Denúncias

Aqueles que tiverem informações ou que tenham sido vítimas de Abraão podem denunciar pelos seguintes canais:

  • Disque 197, que funciona 24h, com ligação gratuita e de sigilo absoluto
  • E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
  • WhatsApp: (61) 98626-1197
  • On-line: www.pcdf.df.gov.br/servicos/197

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