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Brasília

PCDF em trabalho conjunto com a Interpol prendem membros de facção em Lisboa

Os agentes executaram novas ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e criptoativos

João Victor Rodrigues

02/06/2023 10h30

Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou, com o apoio operacional da Interpol, o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva na cidade de Lisboa, Portugal, na manhã desta sexta-feira, dia 2.

Durante a ação, os agentes também executaram novas ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e criptoativos. Além disso, a Justiça determinou à Anatel a implementação de obstáculos tecnológicos para impedir o acesso aos websites dos criminosos a partir do território nacional.

Essa operação é a segunda fase da Operação Difusão Vermelha, na qual a PCDF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, com o apoio da Interpol, em Lisboa, Alemanha e República Tcheca. Nessa operação, foi desarticulada uma organização criminosa sediada em Portugal, investigada por envolvimento em falsos investimentos em Forex e Day Trade.

Após as primeiras prisões, a investigação revelou que os criminosos tentaram se reorganizar, substituindo os líderes presos e retomando suas atividades. Durante as apurações, a identidade do maior golpista do grupo criminoso foi descoberta. Esse indivíduo era responsável por causar os maiores prejuízos às vítimas brasileiras, com uma delas perdendo R$ 1,5 milhão e um casal residente no Distrito Federal perdendo pelo menos R$ 630 mil.

O registro de ocorrência feito por esse casal foi o ponto de partida para toda a investigação. O golpista entrava em contato com as vítimas no Brasil, se apresentando como Rafael Fonseca, um suposto analista de investimentos. Conforme a investigação avançava, a PCDF descobriu a verdadeira identidade desse criminoso e que ele estava lavando dinheiro através de uma banda de samba e um restaurante em Portugal.

O outro brasileiro preso nesta manhã era um dos gerentes do esquema, diretamente ligado ao tcheco detido na primeira fase da operação. Com esse novo desdobramento, a PCDF desarticula de maneira irreversível o grupo criminoso internacional, conforme destaca o delegado da 9ª DP.

A PCDF solicitará novos bloqueios financeiros para localizar mais bens e reduzir o prejuízo causado a centenas de vítimas. Além disso, com o bloqueio imposto à Anatel, será impossível acessar os websites das empresas fantasmas do esquema criminoso no Brasil, impedindo que novas vítimas sejam enganadas, conclui Sallum.

Todos os presos na primeira fase aguardam o processo de extradição, que está sendo solicitado pelo Poder Judiciário e intermediado pelo Departamento de Cooperação Internacional da Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça do Brasil. Os dois presos nesta manhã

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