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Brasília

PCDF desmantela organização criminosa especializada em simulação de acidentes

A organização tinha como principal atividade a simulação de acidentes automobilísticos e a destruição de veículos

João Victor Rodrigues

18/09/2023 6h33

Foto: PCDF

Na manhã desta segunda-feira (18), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio de uma extensa investigação conduzida pela 18ª Delegacia de Polícia, deflagrou a “Operação Coiote”, culminando na prisão temporária de seis indivíduos envolvidos em uma organização criminosa de alto nível. Essa organização criminosa tinha como principal atividade a simulação de acidentes automobilísticos e a destruição de veículos com o intuito de fraudar o recebimento de indenizações de seguros.

Segundo informações levantadas durante as investigações, a organização estava em operação desde 2015 e conseguiu forjar impressionantes 12 acidentes automobilísticos e a destruição de 25 veículos, resultando em um montante fraudulento de R$ 2 milhões recebidos das companhias seguradoras.

Esses acidentes forjados ocorreram em diversas cidades do Distrito Federal, incluindo Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires e Brasília, e envolveram veículos de alto padrão das marcas Porsche, BMW, Audi, Volvo e Mercedes.

O grupo operava como uma estrutura permanente, estável, hierarquizada e altamente organizada, com clara divisão de tarefas. À frente da organização criminosa estavam um empresário residente em Taguatinga e um ex-policial militar da PMDF, licenciado da corporação devido à emissão de 150 cheques sem fundos. Essa dupla tinha como responsabilidade adquirir os veículos, registrar falsamente as ocorrências de acidentes, envolver parentes e amigos nos registros fictícios dos acidentes, contratar seguros fraudulentos e receber as indenizações das seguradoras.

As esposas dos líderes também desempenharam um papel fundamental na operação criminosa, sendo que uma delas era advogada. Elas forneciam os dados pessoais necessários para a simulação dos acidentes, adquiriam os veículos envolvidos nas fraudes, contratavam apólices de seguro fraudulentas e recebiam as indenizações.

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