Marcus Eduardo Pereira e Tereza Neuberger
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 17ªDP, com o apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) e do Exército Brasileiro, desencadeou a 2ªfase da investigação a cerca do episódio que ficou conhecido como a Dama de Vermelho, onde uma mulher e alguns homens portando armas, fecharam o trânsito da Avenida Samdu Norte, em Taguatinga, para que a mulher desfilasse em um ensaio fotográfico.
Foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão na loja envolvida e em outros endereços vinculados à operação. A PCDF apreendeu mais quatro armas de fogo, que serão remetidas para perícia. Ao todo, foram apreendidas 12 armas de fogo e as investigações prosseguem.
O Exército Brasileiro fiscalizou a venda de armas e munições realizada pela referida loja, aplicando as medidas administrativas cabíveis.
O armamento apreendido em fevereiro para perícia, teria sido entregue para driblar as investigações. Peritos do Instituto de Criminalística apontaram que o armamento entregue na época era diferente dos que teriam sido utilizados no vídeo. As armas repassadas pelos suspeitos eram réplicas do tipo airsoft, enquanto o armamento ostentado no vídeo que viralizou nas redes sociais era composto por armas verdadeiras.
Em análise minuciosa do vídeo os peritos detalharam que, na ocasião, as armas utilizadas teriam sido uma espingarda CBC Military 3.0 12 Gauge, uma carabina CT9 9mm, uma espingarda Huglu XR7 12 Gauge e outra espingarda Armsan A612s 12 Gauge. Com a nova prova identificada pelos peritos, os envolvidos responderão pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.
O episódio repercutiu nas redes sociais no dia 22 de fevereiro, após cerca de oito homens portando armamento pesado terem bloqueado o trânsito da Avenida Samdu Norte, em Taguatinga. Eles escoltaram uma mulher que trajava um vestido de festas vermelho ao atravessar a via. Toda a ação foi filmada e fotografada, e a mulher que ficou conhecida como “a Dama de Vermelho”, foi identificada como Dilma Lane Barbosa. Ela trabalha no local que está sob investigação e é praticante de tiro esportivo.
A ostentação e a proporcionalidade da ação foi questionada e reacendeu o debate sobre o uso de armas por Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). De acordo com a legislação, não é permitido ostentar armas de fogo e nem de ar comprimido, mesmo que em frente ao clube de tiro. A repercussão entre os CACs foi bastante negativa, vários praticantes de tiro esportivo do Distrito Federal emitiram uma nota de repúdio ao episódio.
