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Brasília

Paulo Octávio deve assumir presidência do PP após chegada de Arruda no PSD

Negociações foram confirmadas pela vice-governadora Celina Leão, que será presidente da federação União Progressistas

Suzano Almeida

17/12/2025 10h06

Empresário Paulo Octávio com Celina Leão

A filiação do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda ao PSD, nesta segunda-feira (15), foi marcada por diversos “recados simbólicos”, especialmente no que diz respeito a ausências. Desautorizado pelo comando nacional, o presidente regional da legenda e ex-vice-governador do próprio novo filiado, Paulo Octávio não participou do evento, que contou com a presença de Gilberto Kassab, mandatário nacional da sigla.

Paulo Octávio havia integrado, recentemente, seu filho André Kubistchek ao governo de Ibaneis Rocha (MDB). Ele assumiu, em meados deste ano, a Secretaria da Juventude – pasta desmembrada da Secretaria da Família para atender a demanda de apoio à atual gestão.

Com a entrada do seu ex-companheiro de Buritinga no PSD, Paulo Octávio ficou em uma sinuca de bico, uma vez que acabara de firmar apoio à candidatura de Celina Leão, ao Governo do Distrito Federal, no próximo ano, e a Ibaneis para o Senado Federal.

União Progressistas

A solução pode envolver a própria Celina. Presidente regional do Partido Progressistas (PP). A vice-governadora deve ser designada presidente da federação União Progressista (junção do PP com o União Brasil) no Distrito Federal. Logo, nos bastidores da legenda, se aventa a possibilidade de P.O assumir o comando do PP.

“Isso tudo está em negociação. Acredito que isso vá se materializar daqui alguns dias”, confirmou Celina.

Paulo Octávio está fora de Brasília, assim como André. De acordo com a assessoria do ex-vice-governador, a decisão será tomada em janeiro, quando ambos voltarão.

André Kubistchek

Caso a mudança ocorra, abre-se uma nova frente de embates, agora com os pré-candidatos do partido de Celina Leão. Isso, porque o PP, em si, está “lotado” de nomes fortes para a disputa de uma cadeira na Câmara Legislativa – mesmo cargo pretendido por André –, entre eles os distritais Pepa e Daniel de Castro e os ex-deputados Rôney Nemer e Rodrigo Delmasso, atuais presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e secretário da Família, além de Luiz Eduardo Estevão.

A solução poderá ser a transferência de André para o União Brasil, que mesmo federado com o PP terá direito a ao menos 12 vagas nas eleições e tendo como nome de maior envergadura, para a CLDF, o deputado distrital Eduardo Pedrosa.

“A prioridade do Paulo é o André”, afirmou uma fonte. Em se confirmando a transferência, Paulo Octávio assume um partido com força para eleger entre três e cinco distritais, que estará com o governo nas mãos, já que Celina deve assumir em abril, com a desincompatibilização do governador Ibaneis, e com um bom fundo eleitoral, tanto para distrital quanto para cargos do Congresso Nacional.

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