Eric Zambon
eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br
O patrulhamento da Polícia Militar será reforçado com o uso de patinetes elétricos. Segundo o comando da PMDF, os veículos deverão elevar a ostensividade das ações de cada policial.
O projeto está na reta final da fase de testes em Taguatinga. O 2º Batalhão da Polícia Militar (BPM) possui, até o momento, os únicos dois veículos em atividade. Os responsáveis por conduzir os patinetes, que mais se assemelham a triciclos são os sargentos Welber Moreira e Fábio Mariano.
Os dois não hesitam em elogiar o equipamento: “Nossas rondas duram cerca de seis horas por dia. Antigamente, a pé, andávamos uns 2km ou 3km por dia. Agora, rodamos 25km no mesmo tempo de serviço”, compara Welber.
Fábio cita exemplos vividos no último ano para defender o uso do patinete: “Uma vez, recebemos um chamado a 4km do local da ocorrência, e chegamos antes das motos. Como podemos andar pela calçada, chegamos muito rápido nos lugares”, conta.
Os equipamentos podem alcançar até 40km/h. Mas a velocidade usual de patrulha é, no máximo, de 20km/h, principalmente para evitar acidentes. Quando os policiais deixam o patinete ele trava e tem alarme.
Referências
O major Roberto Marques, da sessão operacional do 2º BPM, destacou que a iniciativa tomou como base experiências em outros lugares, como em Pernambuco e no Rio Grande do Sul. “Fizemos visitas técnicas e pensamos isso para o centro de Taguatinga, por exemplo. O Setor Comercial tem quase 10km da área Sul à área Norte e fica difícil ter esse alcance a pé. Então, os patinetes ajudarão”, observa.
Os policiais ressaltam outras qualidades, como baterias recarregáveis que permitem patrulhamento por até dez horas sem interrupção.
Licitação para comprar mais unidades
Os patinetes custam de R$ 15 mil a R$ 18 mil a unidade. O tenente-coronel do batalhão, Florisvaldo Ferreira Cesar, alega que, durante o processo licitatório, quase 500 equipamentos similares deverão ser adquiridos e, portanto, o preço deve ficar bem abaixo do normal.
Não é preciso que o policial tenha habilitação nem treinamento especial para conduzir, mas o uso de capacete é indispensável. A equipe do JBr testou os triciclos e verificou que são extremamente funcionais.
Os veículos chamam a atenção por onde passam. César da Costa, de 25 anos, que trabalha em uma churrascaria, conta sua impressão: “Se (a iniciativa) funcionar, vai ser bom demais, mas só isso não vai resolver. Precisa ter mais investimento na área de segurança”, diz.