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Brasília

Papo de boteco

Arquivo Geral

20/07/2016 18h51

O São Paulo tinha um lateral-esquerdo apelidado por Tenente. Chamava-se, na verdade, Valdir Isaú Pereira e, antes de ser boleiro, trabalhava na Carbonífera Metropolitana, de propriedade de um diretor do extinto Metropol, de Santa Catarina. Lá pelas tantas, Tenente foi emprestado ao Bahia, mas não emplacou. Então, foi para o Vasco, e, tambem, não ficou. Com dois rebaixamentos, Tenente voltou ao São Paulo. Ao brincar com uma arma, dentro do estádio do Morumbi, disparou-a contra a sua barriga. Levado às pressas para um hospital, escapou. E o Vasco, de ter um pelotão de fuzilamento em sua história. Depois de Coronel, pintara Tenente. Sem falar do brigadeiro Carlos Alberto Cavalheiro, que era militar, de verdade, da Aeronáutica, e do eterno “capitão” Bellini.

Pelos inícios de 1969, o selecionado de futebl húngaro, que já ganhara três medalhas de ouro olímpicos, excursionou ao Brasil. E ficou em cima do muro: 2 x 2 São Paul; 2 x 2 Atlético-MG e 3 x 3 Sport Recife. Nos dois primeiros amistosos, os magiares estiveram mandando no placar, inclusive, colocando dois gols de frente, contra o”Galo”. Em Pernambuco, se viram dois atrás. Igualaram, viraram e voltaram a deixar marcador igual. No time, despontavam Bene, Farkas e Albert, que engoliram a Seleção Brasileira, nos 3 x 1 da Copa do Mundo-1966. Albert, por sinal, era considerado um dos melhores atacantes da Europa.ganhlu a Bola de Ouro da revista France Football e foras umdos artilheiros, com quastro gols, da Copa do Mundo-1962. De tão admirado que era, o Flamengo o convidou a vir a Brasil e vestir a sua camisa. Entrou em duas partidas contra o Vasco.

O roupeiro do Fluminense de Feira de Santana-BA, Jurandir, em 1969, discutiu com o ponta-direita Garrinchinha, durante o almoço. De sobra, balas disparadas pelo roupeiro contra o ponteiro. O goleiro Mundinho, isto é, Raimundo Ferreira Ramos, que não tinha nada a ver com a briga, foi quem pagou o pato. Um tiro deixou a sua perna esquerda ferida. E não era a prmeira vez que fato parecido ocorria com ele. Mundinho tinha 26 anos de idade e era o pai do futuro zagueiro do Flamengo e da Seleção Brasileira, Júnior Baiano.
O atacante China, que havia defendido o Botafogo-RJ e o Náutico-PE, chegou ao Bahia, em 1967, temporada em que se disputava o primeiro campeonato verdadeiramente estadual da terra, reunindo times de Ilheus, Itabuna, Vitória da Conquista e Feira de Santana. Rolou a bola e, semana antes da decisão do título, China havia abandonado a concentração e “se picado” para Recife. Por lá, arrependeu-se, voltou para Salvador e foi perdoado pelos cartolas do “Tricolr de Aço”. Na final da competição, ele marcou um belo gol, de cabeça, diante do Galícia, tornando o Bahia campeão, após cinco anos na fila. Mais um tempinho passou e China foi mandado embora. Entrou na hstória do Bahia pela porta da frente e saiu pela dos fundos. Na Bahia rolava assim: ser herói era pouco.

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