A organização criminosa chefiada pelo empresário Ronaldo de Oliveira, foco principal da Operação Old West, contava com a participação estratégica de um analista do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Este servidor atuava de maneira indireta em favor de Oliveira, mantendo-o informado sobre informações confidenciais relacionadas a processos em trâmite na Justiça.
Segundo as investigações, o analista teria recebido propina em troca do repasse indevido de informações sigilosas. Os atos de corrupção começaram a ser remunerados pelo empresário em 2017, quando um montante de R$ 3 mil foi transferido para a conta do servidor.
O servidor, cujo nome não será divulgado, ainda teria recebido um adicional de R$ 20 mil em 14 de março de 2018, exatamente na véspera da Operação Trickster. Essa operação investigou um esquema criminoso em que cerca de R$ 1 bilhão teria sido desviado por meio de fraudes no sistema de bilhetagem eletrônica do extinto Transporte Urbano do DF (DFTrans), sendo liderada por Ronaldo de Oliveira.