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Brasília

OAB pede, e homem que atropelou advogada voltará à cela especial

A juíza Leila Cury, da VEP-DF, havia determinado a perda do direito à cela especial porque Milhomem teve o registro da OAB suspenso

Redação Jornal de Brasília

05/09/2021 19h28

O advogado Paulo Ricardo Milhomem, 37 anos, que atropelou a também advogada Tatiana Matsunaga, 40 anos, no último dia 25 de agosto, no Lago Sul, vai voltar à cela especial. Milhomem havia perdido o benefício após determinação da Vara de Execuções Penais do DF (VEP-DF), mas a 2ª Turma Criminal do DF determinou o retorno.

A juíza Leila Cury, da VEP-DF, havia determinado a perda do direito à cela especial porque Milhomem teve o registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspenso por 90 dias. Com a suspensão, o advogado teria que ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Contudo, a própria Ordem dos Advogados do Brasil seccional DF (OAB-DF) pediu o retorno de Milhomem à cela especial, e a desembargadora Ana Maria Duarte Amarante Brito acatou. O presidente da OAB disse que, baseado em “prerrogativas institucionais da advocacia”, o advogado ainda pode se defender da suspensão de registro.

O caso

Paulo e Tatiana se desentenderam no trânsito na altura da QI 15 do Lago Sul. O homem, então, decidiu perseguir a advogada até a porta da casa dela. Imagens de câmeras de segurança mostram a alta velocidade.

Em determinado momento, Tatiana chegou na porta de casa, desceu do veículo e continuou discutindo com Paulo. Até que o homem arranca com o carro e atropela a advogada, chegando a passar por cima dela. O filho e o marido da vítima viram toda a cena.

Tatiana foi internada em estado grave no Hospital Brasília no mesmo dia do acidente. Até esta sexta-feira (3), o quadro era o mesmo. “Ela não está sedada, mas ainda está inconsciente. Ela fez o procedimento de traqueostomia ontem, para facilitar a situação, e está se adaptando. Todos estamos na expectativa dela acordar, mas infelizmente isso vai depender só dela. Os médicos ainda não sabem dizer quando isso pode acontecer”, declarou o pai, Luiz Sérgio, ao Jornal de Brasília.

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