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Brasília

Número de mortes cai 42% no Paranoá e Itapoã

Arquivo Geral

06/03/2013 7h25

Júlia Carneiro
julia.carneiro@jornaldebrasilia.com.br

 

O projeto Ação Imediata, implementado pela polícia na região do Paranoá e Itapoã, resultou em 26 prisões cumpridas, um total de 70% das ocorrências solucionadas nos últimos seis meses e uma redução de 42% nos índices de homicídio  em relação ao ano de 2011. Os moradores se sentem mais seguros na área, que está há mais de um mês sem assassinato. São mais viaturas nas ruas, mas a polícia reclama da falta de comunicação entre a comunidade e os agentes.

 

A Coordenação de Repressão a Homicídios da Polícia Civil comanda o projeto, que teve início em agosto de 2012, com o objetivo de  conduzir as investigações de forma mais ágil e efetiva dos delitos de homicídio doloso. O projeto piloto escolheu a área da 6ª DP para a ação devido ao alto quantitativo de homicídios na região e pelo número reduzido de profissionais de segurança em uma área tão grande.

 

O projeto deve continuar por pelo menos seis meses, época em que será feita uma nova avaliação dos resultados. “Com o projeto, além de trabalharmos com casos antigos que não chegaram a uma autoria, atendemos o delito desde o acionamento via telefone até a prisão”, explica Rosana Gonçalves, coordenadora  de Repressão a Homicídio.

 

De acordo com Rosana, o trabalho da unidade especializada garante um gerenciamento melhor dos casos, a fim de reduzir o sentimento de impunidade. “Quando se tem uma equipe voltada para a investigação somente desses crimes, você consegue ter uma melhor preservação de provas. O acompanhamento da perícia e a troca de informações entre a equipe pericial e os agentes funciona de forma melhor. E ainda conseguimos uma comunicação mais eficiente. Tudo isso é uma vantagem que implica a redução dos índices de homicídio”, conta.

 

O projeto ainda não tem condições de expandir para áreas do Distrito Federal. Mas as expectativas são de haver um aumento do quadro de policiais especializados até 2014. “Queremos ampliar esse atendimento, e quem sabe um dia atender todo o DF. Mas precisamos da participação e do engajamento da própria comunidade. Tivemos muita dificuldade na área do Paranoá e Itapoã porque a população não tem a tradição de se comunicar com a polícia, mesmo de forma sigilosa”, reforça Rosana Gonçalves, que pretende estimular a sociedade a prestar denúncias por meio do número 197.

 

Os moradores do Paranoá e do Itapoã percebem a redução dos índices de homicídio na área, o que reforça a sensação de segurança. A monitora de transporte escolar  Eliene Dias, de 27 anos, mora no Itapoã há mais de sete anos e sentiu a diferença. “Está bem melhor. Vejo mais viaturas e policiais nas ruas, porque antes a gente não via de jeito nenhum. Estou até me sentindo mais segura para chegar em casa quando está quase escuro, porque não vejo mais a malandragem no meio da rua”, diz.

 

O estudante Lucas Davi, de 18 anos, também percebeu melhorias. “Vejo mais policiais na rua, o que me dá uma sensação de mais segurança. Ouvi falar de menos casos de crimes nos arredores nos últimos meses. Hoje em dia, pego ônibus sozinho de noite sem problema”, conta Lucas,  que mora no Paranoá desde que nasceu.

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