Por Carliane Gomes
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Acontece nesta terça-feira (30) o “Dia D – Mutirão de Empregabilidade para Pessoas com Deficiência (PcD)”, na Agência do Trabalhador do Plano Piloto, na Asa Norte, das 9h às 15h. O evento, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) em parceria com o Governo Federal, reunirá empresas para entrevistas presenciais e oferta de vagas de trabalho, com o objetivo de ampliar as oportunidades no mercado e fortalecer a inclusão das PcDs no Distrito Federal.
O “Dia D” tem como foco a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. De acordo com Ilton Teixeira, subsecretário de atendimento ao trabalhador e empreendedor da Sedet, embora as agências do trabalhador ofereçam vagas para esse público diariamente, o mutirão tem caráter especial. “Esse é um dia dedicado exclusivamente às pessoas com deficiência. Além das entrevistas, teremos orientações sobre elaboração de currículo e dicas para conquistar uma oportunidade de emprego. Até o momento, mais de 300 vagas foram disponibilizadas para esse público”, afirmou.
O mutirão contará com mais de 20 empresas de setores como tecnologia da informação, comércio, indústria e serviços. Para promover acolhimento e integração, os participantes poderão participar de atividades gratuitas de artesanato, maquiagem e massagem. Ilton reforçou que, caso o candidato não encontre uma vaga compatível durante o mutirão, o currículo permanecerá cadastrado no sistema da Sedet e será considerado em futuras oportunidades por meio do serviço de busca ativa. Para participar, é recomendado levar um currículo atualizado, quem não tiver poderá receber apoio da própria agência durante o evento. É necessário apresentar documentos pessoais, como CPF e carteira de identidade.
Cursos para todos os públicos estão disponíveis
Além das vagas para pessoas com deficiência, a Sedet oferece oportunidades para a população em geral por meio do Programa Qualifica DF, que disponibiliza mais de 12,5 mil vagas gratuitas em cursos de qualificação profissional no Distrito Federal. As inscrições estão abertas até 1º de outubro e podem ser feitas nas agências do trabalhador, pelo aplicativo e-Trabalho ou pelo site da Sedet. “As vagas que são disponibilizadas nas agências do trabalhador são de todos os níveis: para nível superior, médio e fundamental, para quem tem experiência e para quem não tem experiência. O principal é que as pessoas se dirijam até uma Agência do Trabalhador, porque elas vão receber um atendimento humanizado, olho no olho, e poderão entender como funciona a empresa, como se portar diante da entrevista e como concorrer à vaga disponibilizada”, explicou Ilton.
O Qualifica DF oferece cursos de 240 horas/aula, com 20 horas semanais, em áreas de grande demanda, como design gráfico, atendente de farmácia, jardinagem e paisagismo, auxiliar de laboratório, entre mais de 70 opções. As aulas acontecem em quatro regiões do DF: Ceilândia, Santa Maria, Paranoá e Plano Piloto. Para participar, é necessário ter 18 anos ou mais (com exceção de vagas remanescentes para jovens de 16 a 18 anos com autorização dos responsáveis), residir no DF, possuir escolaridade compatível com o curso escolhido e preencher a inscrição online.
De acordo com a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD), ações como mutirões de emprego e programas de capacitação são essenciais para aproximar trabalhadores e empregadores, especialmente na intermediação de mão de obra inclusiva. “Destaca-se também o trabalho de conscientização realizado junto às empresas, que têm papel fundamental na promoção de acessibilidade e valorização desses profissionais. Além disso, há a sensibilização das pessoas com deficiência sobre a importância de se qualificar e conquistar uma vaga no mercado de trabalho”, afirmou.
Apesar dos avanços, ainda existem desafios. Segundo a SEPD, muitos empregadores oferecem vagas apenas para deficiências leves e não adaptam o ambiente de trabalho. Além disso, a inclusão produtiva e social nem sempre ocorre, e o potencial de muitos profissionais acaba sendo subaproveitado devido ao capacitismo. “O objetivo é promover o empoderamento das pessoas com deficiência, garantindo não apenas a inclusão no mercado de trabalho, mas também a inclusão social”, acrescenta a secretaria.
