Menu
Brasília

Missas organizadas pela Arquidiocese dão suporte para fiéis neste Finados

Cerimônias religiosas estiveram presentes em todos os cemitérios do DF. Arcebispo de Brasília ministrou na Asa Sul

Vítor Mendonça

02/11/2023 18h14

Foto: Vitor Mendonça/ Jornal de Brasília

As missas organizadas pela Arquidiocese de Brasília garantiram consolo para os milhares de visitantes dos cemitérios do Distrito Federal neste Finados. O suporte esteve presente em diferentes horários nos seis Campos da Esperança espalhados pelo DF – Asa Sul, Taguatinga, Gama, Brazlândia, Planaltina e Sobradinho. A expectativa era que 600 mil pessoas fossem aos locais neste Dia de Finados (2), de acordo com a estimativa da Secretaria de Justiça (Sejus).

O Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, esteve presente na missa de 12h30 no Campo da Esperança da Asa Sul e levou uma palavra a respeito da importância da empatia e da solidariedade entre amigos e familiares durante os momentos de luto. O clérigo reforçou tal relevância do consolo com a passagem bíblica de quando Jesus visita o túmulo de Lázaro, confortando Marta e Maria pela perda do irmão e chorando juntamente com elas mesmo sabendo que ressuscitaria o amigo em seguida.

“Precisamos preservar uma sociedade da sensibilidade. Jesus foi à casa delas consolá-las, e é isso que também temos que fazer diante das pessoas que sofrem perdas. Ser presença consoladora, que busca aliviar um pouco a dor de quem está sofrendo”, destacou o Arcebispo. Cerca de 200 pessoas pararam no local para participar da missa.

Foto: Vitor Mendonça/ Jornal de Brasília

De acordo com o padre Raimundo Nonato Oliveira, assessor eclesiástico da pastoral da esperança da Arquidiocese de Brasília, as celebrações eucarísticas que visam a reza pelos fiéis defuntos caracterizam a lembrança “com carinho” das pessoas que já partiram. Ele reforça que é um dia de oração e de restauração com o divino. “A igreja de Brasília está presente no cemitério também. A Arquidiocese abraça todos os cemitérios”, disse.

“O trabalho da igreja é dar um suporte espiritual. Mostrar que nós choramos também com aqueles que perderam seus entes. Quando se perde um ente querido, há uma dor e o pensamento de que Deus nos abandonou, mas isso não é verdade. Ele está sempre do nosso lado. Então trazemos essa esperança de que aqueles que partiram possam estar mais perto de Deus”, afirmou.

Homenagens aos bons momentos

Maria de Fátima Oliveira, 67 anos, uma das visitantes do Campo da Esperança da Asa Sul, foi prestar homenagens à mãe, a dois irmãos, dois sobrinhos e um cunhado. Ela costumava ir ao local em todo feriado de Finados, mas desde a pandemia da covid-19 não comparecia para fazer a tradicional visita. Ela retornou neste ano com saudade, conforme contou. “Eu gosto de vir aqui homenagear meus entes queridos e rezar”, disse.

“Quando parte uma pessoa querida, é uma dor, mas eu creio na nossa ressurreição. Essa é uma vida passageira. Nos unimos como igreja e isso dá muita força para a gente viver aqui nessa vida que a gente leva. É um balde de lágrimas [essa vida], mas também temos que ser felizes da forma como vivemos, para a cada dia vivermos de uma maneira melhor”, afirmou.

Foto: Vitor Mendonça/ Jornal de Brasília

Quando visita o cemitério, ela costuma manter as memórias de alegria com os entes que partiram, lembrando dos momentos bons que viveram, na esperança de encontrá-los um dia no céu. “Acredito que meus entes estão com o Senhor e que um dia nós iremos para lá também”, finalizou.

Genoveva da Silva, 73, foi visitar os pais e dois irmãos, que foram velados no local – a morte da mãe foi a mais recente, há 5 anos. “Fica a saudade e o amor que sentíamos por eles. Mas esse amor não se apaga nunca”, destacou. Todos os meses ela vai ao cemitério da Asa Sul para acender velas aos parentes. De Gravatá, município de Pernambuco, ela, os pais e sete irmãos passaram a morar na capital federal em 1975.

“Nunca vamos esquecer o que eles fizeram por nós quando éramos crianças. Nos criaram no sítio [em Pernambuco], sem muita coisa, mas com muito amor”, relembrou. Atualmente, a aposentada mora em São Sebastião, mas não se importa de todos os meses ir ao Campo da Esperança da Asa Sul para prestar as homenagens aos familiares que já partiram.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado