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Brasília

Miomas uterinos podem ser tratados com anticoncepcionais ou cirurgias

Apesar de serem considerados tumores benignos, eles são capazes de causar dor e sangramento e, em alguns casos, levar à infertilidade

Redação Jornal de Brasília

04/09/2023 10h47

Foto: Divulgação

Os miomas uterinos são tumores considerados benignos, isto é, não cancerígenos, mas que podem afetar negativamente a saúde de pessoas com útero e em idade reprodutiva (até a menopausa, entre 45 e 55 anos). O procedimento para solucionar o problema é escolhido levando em conta o tamanho e a localização do tumor. Os menores podem ser tratados com bloqueio hormonal ou com o uso de anticoncepcionais, já os maiores precisam ser retirados por meio de cirurgia.

Dependendo do lugar em que se encontram – cavidade uterina, na parede do útero ou na parte de fora do órgão -, os miomas podem causar dor, sangramento e, em alguns casos, infertilidade. “Quando se localiza dentro da cavidade uterina, pode atrapalhar a fertilidade porque ocupa uma área onde, potencialmente, o embrião poderia se implantar, então funciona como um corpo estranho dentro do útero”, explica o médico ginecologista e obstetra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Nícolas Cayres.

É possível ainda que esse tipo de tumor impacte o ciclo menstrual, deixando o fluxo mais intenso e longo, causando desconforto, dor e até mesmo anemia. Dessa forma, é essencial que pessoas com útero fiquem atentas aos sintomas. Em casos nos quais há alterações no fluxo menstrual, dor e sangramento atípico deve-se buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência.

A recomendação é manter em dia a realização de exames ginecológicos, por exemplo, a ecografia transvaginal, utilizada para diagnosticar os miomas. Grávidas, contudo, não devem utilizar os tratamentos citados. Durante esse período, uma interferência nos miomas pode aumentar o risco de aborto espontâneo.

Como é feito o tratamento?

No Distrito Federal, as unidades da SES-DF oferecem o tratamento clínico de monitoramento dos miomas assim como o cirúrgico, como miomectomia a pessoas que ainda desejam engravidar ou histerectomia para pacientes que já possuem filhos.

“A princípio, o usuário pode ter acompanhamento nas UBSs e, em situações nas quais a cirurgia é indicada, há encaminhamento aos hospitais regionais da capital”, explica a Referência Técnica Distrital (RTD) colaboradora de ginecologia, Fabyanne Mazzuti.

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