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Brasília

Mais festas de Carnaval são encerradas no DF

Com início na última sexta-feira, a força-tarefa já fiscalizou mais de 230 estabelecimentos no Distrito Federal

Redação Jornal de Brasília

27/02/2022 18h44

Com um público predominantemente de jovens, o bar interditado por 24 horas pela força-tarefa do GDF, com apoio do MPDFT, estava com lotação acima da capacidade, configurando aglomeração | Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília

Elisa Costa

Com o intuito de garantir o cumprimento dos protocolos sanitários durante o Carnaval, a força-tarefa instaurada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) continua a fechar eventos que promovem festas temáticas com aglomeração, a fim de evitar o aumento das contaminações por covid. A ação começou na sexta-feira (25) e já fiscalizou mais de 230 estabelecimentos por todo o DF.

O secretário do DF Legal, Cristiano Mangueira, explicou que os estabelecimentos são fechados por 24 horas e a fiscalização retorna no dia seguinte para conferir se as medidas estão sendo seguidas: “Quando passamos por um local com aglomeração, sem respeitar o protocolo, nós podemos autuar, multar e fechar. […] Se for detectada nova desobediência, o local será interditado por 30 dias”.

Durante a madrugada deste domingo (27), a Polícia Militar fechou uma festa rave no Gama, que contava com cerca de 500 pessoas. Ainda foram apreendidas algumas drogas e um simulacro de arma de fogo. Além disso, foi flagrado um grupo de pessoas no Buraco do Tatu, no centro da cidade, onde a maioria não utilizava máscara de proteção facial.

Na noite de sábado (26) também foi fechada uma festa que promovia aglomeração na região entre Águas Claras. O evento, que começou às 15h, recebeu a presença das viaturas da polícia somente horas após o início da operação, que começa todos os dias às 18h. Segundo um jovem brasiliense, que participou do evento e não quis se identificar, a Polícia Militar apareceu na festa por volta das 21h30 e solicitou que o público fosse embora. “Ninguém estava usando máscara lá dentro”, explicou o estudante. 

A apuração do Jornal de Brasília constatou que o nome do evento foi trocado horas depois do GDF anunciar a atuação da força-tarefa, como uma tentativa de despistar a fiscalização. De acordo com a própria divulgação do evento, foram cobrados ingressos e o local promovia atividades como escalada inflável, touro mecânico, entre outras. Segundo os dados do GDF, no sábado (26) houve 8 vistorias em estabelecimentos comerciais, foram aplicadas 31 multas devido a falta do cumprimento do protocolo de segurança e 25 interdições. Isso ocorreu em regiões como Plano Piloto, Ceilândia e Sobradinho. 

Segundo o auditor do DF Legal, Admar Menezes, os eventos encerrados tinham muitas pessoas em pé, dançando, sem o uso de máscaras ou de álcool em gel disponível para a quantidade de pessoas.  “No momento da pandemia, todos os estabelecimentos têm que ter responsabilidade não só com os seus, mas com os clientes que utilizam e podem se contaminar”, ressaltou.

A ação fiscal que começou na sexta-feira (5), já desmobilizou festas realizadas no Conic (na Asa Sul), na Asa Norte, no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN) e em Santa Maria. A operação conta com cerca de 600 policiais militares, além de policiais civis e profissionais do Corpo de Bombeiros, Detran, Procon, Vigilância Sanitária, Instituto Brasília Ambiental e DF Legal.

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