Menu
Brasília

Indústria é o caminho para o desenvolvimento do eixo Brasília-Goiânia

Arquivo Geral

01/08/2012 7h42

Francisco Dutra
francisco.dutra@jornaldebrasilia.com.br

 

A industrialização é o divisor de águas para o desenvolvimento do eixo Brasília-Anápolis-Goiânia até 2030, conforme estudo produzido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon) e do Instituto Brasiliense de Estudos da Economia Regional (Ibrase).  Com a crescente estagnação do setor público, a pesquisa aponta que o investimento na indústria começa a se consolidar como a alternativa mais viável para a redução do desemprego e desenvolvimento da região, especialmente quanto ao DF e a Região Metropolitana. Sem área para plantio, a agricultura fica limitada, enquanto o atual setor de serviços é marcado por baixos salários e pouca qualificação.

 

Segundo o conselheiro do Cofecon, Júlio Miragaya, o DF precisa começar a tomar as medidas necessárias para superar a dependência do setor público na composição de sua economia. Na comparação com outras grandes regiões metropolitanas, o pesquisador deixou claro que a capital brasileira apresenta preocupantes taxas de desemprego, apesar das recentes quedas.

 

“O setor público está atrofiando as demais atividades. Virou um fator inibidor. Mas precisamos superar este samba de uma nota só”, comentou. Para o conselheiro, o desenvolvimento industrial pode gerar uma expressiva quantidade de empregos, diretos e indiretos. Paralelamente, o fomento iria impactar no setor de serviços, gerando empregos com melhor remuneração e maior qualificação.

 

Nesse sentido, Miragaya detalha que dentro do DF a estratégia mais viável seria a aposta na indústria da tecnologia. Na Região Metropolitana, seria interessante o fomento de atividades que pudessem empregar a mão de obra local, como empresas alimentícias, têxteis, metalúrgica e de calçados. “E essa história de vocação é uma grande bobagem. Veja Anapólis. Há poucos anos, lá não havia uma indústria. Hoje, é um polo farmacológico”, compara.

 

No entanto, até o momento, o pesquisador ainda não observou que  o DF começou a tomar as medidas necessárias para a industrialização – isso vale tanto para os governantes, quanto para a própria população.

 

“Fala-se de se transformar a região em um mercado financeiro (com bolsas de valores e atividades semelhantes). Mas se você observar todos os polos financeiros eles também são polos econômicos”, argumentou o economista. Miragaya lembrou que muitos centros financeiros estaduais foram simplesmente devorados por São Paulo nas últimas décadas.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado