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Brasília

Indígenas encerram marcha frustrados com governo Lula; confira imagens e entrevista

Na marcha, os povos indígenas ergueram cartazes e faixas clamando não apenas por justiça territorial, mas também pelo fim da violência contra suas comunidades

Agência UniCeub

27/04/2024 10h18

Foto: Ana Tominaga

Por Ana Tominaga e Fernanda Ghazali Agência Ceub/Jornal de Brasília

A manifestação seguiu em direção à Praça dos Três Poderes no quarto dia do Acampamento Terra Livre (ATL). 

Nesta quinta-feira (25), indígenas de mais de 200 etnias realizaram marcha em protesto contra o Marco Temporal.

A manifestação seguiu em direção à Praça dos Três Poderes, em Brasília, onde líderes indígenas se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto à procura de uma resposta em relação à demarcação de terras indígenas. A segurança do local foi reforçada.  

Na marcha, os povos indígenas ergueram cartazes e faixas clamando não apenas por justiça territorial, mas também pelo fim da violência contra suas comunidades, pelo respeito a suas culturas e pela implementação de medidas concretas para controlar a exploração indiscriminada dos recursos ambientais.

Em entrevista concedida ao final da marcha, Frederico Txhyfladja, da etnia Fulni-ô, de Pernambuco, reivindica a demarcação das terras indígenas. Ele conta que esperavam que o Presidente fizesse uma aparição e desse uma resposta aos que se concentraram na Praça dos Três Poderes ao fim da marcha. 

“A gente não ficou muito satisfeito porque era pra Lula receber a gente e ele não recebeu a gente, né? Aí, isso pra gente foi ruim”. 

Txhyfladja conta que já participou de dez edições do ATL e que sempre lutou não só por sua etnia, mas sim por todas as etnias do Brasil. 

“Isso é bom porque de ano em ano a gente se conhece mais, né? A gente fica assim, interagindo e discutindo a demarcação de nossas terras. Isso é o principal pra nós, indígenas. É onde a gente vive. Através de nossas terras. Então, minha reivindicação é essa, nossas terras demarcadas”.

Frederico Txhyfladja, da etnia Fulni-ô Foto: Fernanda Ghazali

Em 2024, o Acampamento Terra Livre (ATL), completou 20 anos, com o lema “Nosso marco é ancestral. Sempre estivemos aqui”. São duas décadas de resistência e de luta dos povos indígenas em defesa de seus direitos territoriais e culturais. 

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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