Na manhã desta quinta-feira (25), era esperado o depoimento do indígena José Acácio Serere Xavante na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos. Ele foi preso em dezembro do ano passado por prática de condutas ilícitas em manifestações golpistas. Na ocasião, sua prisão resultou em uma série de protestos de bolsonaristas em Brasília, que depredaram carros próximos à sede da Polícia Federal.
Porém, preso na Papuda, o indígena não pode comparecer para prestar seu depoimento. Segundo Chico Vigilante, presidente da CPI, a liberação dele dependia de Alexandre de Moraes. “Fizemos o pedido para que o ministro liberasse a vinda do Cacique, esperamos ontem até às 22h, mas não tivemos a aprovação. Vamos reconvocar ele para outro dia”, completou.
Segundo o deputado, cenas como as de 8 de janeiro não teriam acontecido se as providências tivessem sido tomadas após os atos de 12 de dezembro de 2022. “Estamos trabalhando para que aquelas cenas nunca mais se repitam”.
Antes de encerrar de vez a reunião de hoje, Vigilante confirmou o cronograma das próximas oitivas:
- 01/06: general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI);
- 05/06: tenente-coronel Paulo José, que substituía o coronel-chefe do Departamento Operacional da PMDF;
- 15/06: general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI);
- 22/06: Alan Diego dos Santos, suspeito de planejar ataque à bomba no Aeroporto Internacional de Brasília;
- 29/06: coronel Kleptor Rosa, comandante-geral da PMDF.