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Brasília

Ibaneis diz que obrigatoriedade de uso de máscaras passa por órgãos mesmo com liberação

De acordo com o governador, algumas peculiaridades precisam ser observadas, e por isso, a decisão geral fica a cargo dos orgãos regulamentarem a decisão

Redação Jornal de Brasília

11/03/2022 12h28

Por Marcus Eduardo Pereira e Elisa Costa

Mesmo com a flexibilização do uso de máscaras no Distrito Federal, diversos setores públicos, comércios, estabelecimentos entre outros, mantém a obrigatoriedade em seus locais. O decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha, na quinta-feira (11) tem gerado grande repercussão.

O novo decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), desobriga a utilização do acessório de proteção facial. O documento revoga todo o Decreto nº 40.648, de 23 de abril de 2020, que determinou a medida preventiva no início da pandemia na capital. Isso significa que o uso da máscara se torna facultativo (opcional) para espaços públicos, vias públicas, equipamentos de transporte público coletivo e estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços no âmbito do Distrito Federal.

De acordo com o governador, algumas peculiaridades precisam ser observadas, e por isso, a decisão geral fica a cargo dos orgãos regulamentarem a decisão. “Assinamos um decreto de linhas gerais, mas sabemos que existem situações específicas que precisam ser observadas. Cada uma das secretarias está observando isso”, comentou Ibaneis, após Assinatura de ordem de serviço para pavimentação e drenagem na Vila do Boa, em São Sebastião, nesta sexta-feira (11).

Pela manhã, a Secretaria de Saúde, por meio de nota, informou que servidores e colaboradores precisam usar máscaras em hospitais, postos e demais unidades da rede pública de Saúde do Distrito Federal. Pacientes e visitantes estão liberados. “Agora é um período de ajuste, como foi no início, quando tivemos que obrigar as pessoas a usarem máscaras. As coisas vão voltar a normalidade com o tempo, nós vamos ter que conviver com isso. Não é obrigatório tirar a máscara, mas esperamos continuar nesta linha evolutiva e que não tenhamos um retrocesso, uma quarta onda, que é o que todo mundo teme”, disseo governador.

O Sindicato dos Estabelecimento Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINEPE-DF), também se pronunciou a respeito do decreto publicado ontem e orientou o cumprimento da Lei nº 6.559 em espaços escolares, mesmo com a dispensa da obrigatoriedade, mas ressaltou que o uso é facultativo. Em nota assinada pela presidente Ana Elisa Dumont, a equipe declarou: “A medida, tomada com base em informações e dados fornecidos pelos órgãos competentes, traz esperança de que estamos avançando no combate ao vírus. […] Salientamos que os cuidados e demais itens estabelecidos para preservar alunos, professores e funcionários continuam vigentes, como uso de álcool em gel, sanitização dos ambientes, entre outros”.

População desconfiada

Mesmo com a queda dos índices da pandemia no DF, muitos ainda não se sentem confortáveis em retirar as máscaras, seja em local aberto ou fechado. A estudante Júlia Salles, 20, é uma dessas. Ela já tomou as duas doses da vacina contra a covid, entretanto, ainda têm medo da contaminação. “Vou continuar usando a máscara. Pego quatro ônibus lotados por dia, então não tem como ficar sem por agora”, relatou.

Outra jovem brasiliense, Maria Luiza Burlamaqui, de 24 anos, tem a mesma opinião. Ela acredita que, como o vírus ainda está circulando, o ideal seria manter o uso obrigatório do acessório de proteção: “Deveríamos continuar usando. Acho que não só pela nossa saúde, mas pela saúde daqueles que estão próximos a nós também”.

O designer Lucas Kuster, morador do Plano Piloto, também não se sente confortável com o novo decreto, porque acredita que a máscara é o melhor método para evitar a transmissão, tanto da covid, quanto de outras doenças. “Não tem porquê retirar as máscaras agora. Ainda mais que não é todo mundo que está com o esquema vacinal em dia”. Ele ressaltou ainda que a retirada em lugares abertos é uma ideia mais aceitável, porque ocorre maior ventilação e distanciamento, mas em lugares fechados, comentou que é “impossível” se sentir seguro.

Atualmente, o Distrito Federal possui 80,28% da população elegível vacinada com a segunda dose ou dose única, 89,22% vacinada com a primeira dose ou dose única e somente 34,63% tomou a dose de reforço ou adicional. Desde o início da campanha, a Secretaria de Saúde (SES) já aplicou 5.752.607 doses dos imunobiológicos Astrazeneca, Coronavac, Pfizer, Pfizer pediátrica e Janssen. De acordo com o governador do DF, serão contratados mais 20 leitos de UTI adulto e 10 leitos de UTI pediátrica, para reforçar o atendimento aos pacientes infectados.

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