Willian Matos e Catarina Lima
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O governador Ibaneis Rocha (MDB) criticou o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) em relação às audiências de custódia. Durante evento contra feminicídios e violência contra a mulher no Palácio do Buriti nesta segunda-feira (2), Ibaneis falou a respeito.
“No ano passado nós fizemos um programa para proteger as nossas mulheres. Adquirimos as tornozeleiras e compramos os botões do pânico para que o Tribunal de Justiça, todas as vezes que houvesse um crime de agressão, colocasse esses meliantes com as tornozeleiras para que nós pudéssemos acompanhar. Infelizmente, o Tribunal de Justiça não tem correspondido”, declarou o governador.
“As audiências de custódia têm colocado nas ruas homens que agridem mulheres, e na semana seguinte os crimes voltam a ocorrer e a grande maioria termina com as mortes das mulheres.”
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, estava presente no evento. Ibaneis pediu para que Damares dialogue com a diretoria do TJDFT e com os juízes das Varas de Justiça para que as tornozeleiras eletrônicas sejam utilizadas já na primeira agressão contra a mulher. “Dessa forma, nós vamos poder monitorar, e se no prazo de 30 dias não praticar nenhum ato contra a mulher, a gente volta a analisar se mantém [a tornozleira] ou não”, declarou.
Damares contou que vem conversando com Ibaneis, discutindo medidas de proteção à mulher. A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, também esteve presente.
Casa da Mulher Brasileira
O Distrito Federal receberá quatro novas unidades da Casa da Mulher Brasileira. É o que anunciou a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, em discurso proferido na manhã desta segunda-feira (2).
As regiões administrativas de São Sebastião, Sobradinho II, Sol Nascente e Recanto das Emas receberão as unidades.
Damares falou que as casas servirão de experiência para o país. O Ministério projeta criar 27 unidades espalhadas pelo Brasil. A ministra disse ainda que pensa em um formato diferente do modelo antigo utilizado. “A Casa da Mulher Brasileira é um instrumento poderosíssimo para proteger mulheres da violência, mas no formato que foi feita no passado era muito grande. Algumas cidades e estados pequenos não conseguem manter uma casa tão grande”, declarou.