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Brasília

Homem mata namorada durante discussão em Ceilândia

Jornal de Brasília

06/06/2016 23h52

Tainá Morais

Tainá Morais

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Mais um caso de feminicídio acontece na região do Distrito Federal. Na tarde desse domingo (5), uma mulher foi vítima do crime doméstico quando levou dois tiros no peito durante uma discussão com o namorado, em sua própria casa, na QNP 32, Conjunto N, em Ceilândia.

De acordo com o delegado-chefe da 23ª Delegacia de Polícia, Victor Dan, o autor dos disparos, Aquilino Machado Coelho, de 44 anos, e a companheira, Aline Barbosa Silva, 26, eram usuários de crack, e ele teria utilizado a droga momentos antes do crime. “O uso do entorpecente colaborou com o resultado de feminicídio durante a discussão do casal”, afirma o delegado.

Testemunhas contaram à Polícia Civil que, após o crime, o homem foi visto com uma arma de fogo na residência onde o casal morava. “Os vizinhos nos informaram que depois dos disparos, ele saiu gritando na rua ‘Viva São João'”, conta Dan. Segundo o delegado, essa foi uma forma do suspeito fingir que aqueles disparos teriam sido de fogos de artifício.

Relacionamento

Aquilino e Aline teriam se conhecido há pouco mais de três meses, quando estavam em um bar. O delegado informou que, em menos de duas semanas, o casal teria iniciado um relacionamento e, logo após, foram morar juntos.

Os vizinhos, que não quiseram se identificar, conversaram com a equipe do Jornal de Brasília e contaram que o casal costumava discutir frequentemente. “Eu estava aqui, sentado, quando escutei o barulho de dois tiros. Chamamos a polícia porque sabíamos que algo de errado estava acontecendo”, conta um dos vizinhos.

Prisão e pena

Após a denúncia, Aquilino foi encontrado no mesmo local, na casa em que havia assassinado a namorada. “No momento da prisão, ele negou a autoria do crime, mas confessou que havia comprado R$ 25 de crack no domingo”, diz o delegado.

O suspeito de realizar o crime tem diversas passagens pela polícia por uso de drogas, estelionato, furto e formação de quadrilha. Ele foi encaminhado para a 23ª DP, onde foi autuado por feminicídio. Se condenado, poderá cumprir de 12 a 30 anos de prisão.

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