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Brasília

GDF cria grupo para apurar denúncias da Lava Jato

Arquivo Geral

19/04/2017 11h43

Dênio Simões/Agência Brasília

Francisco Dutra
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Motivado pelas delações de ex-executivos da construtora Odebrecht para Operação Lava Jato, o governo Rollemberg (PSB) criou o Grupo de Ações Integradas de Controle (GAIC) para aprofundar as investigações em quatro obras públicas bilionárias no Distrito Federal. As falas dos empresários colocaram em xeque a credibilidade e a legalidade da construção do Centro Administrativo do DF, a reconstrução do Estádio Nacional Mané Garrincha e os projetos do BRT-SUL e Jardins Mangueiral. O GAIC será coordenado pela Controladoria-Geral do DF.

A repórter Millena Lopes antecipou a criação do grupo na Coluna do Alto da Torre, publicada pelo Jornal de Brasília. Segundo o controlador-geral do DF, Henrique Ziller, as quatro obras já eram objeto de auditorias pelo governo. Os polêmicos empreendimentos foram erguidos por governos passados. As delações trouxeram novos elementos apontando para potenciais autorias das irregularidades e a materialidade dos crimes. Neste sentido, o GAIC vai aprofundar as investigações, propondo punições para os eventuais responsáveis. Os processos também serão encaminhados para o Tribunal de Contas de DF, Tribunal de Contas da União e Ministério Público. As empresas envolvidas também serão investigadas e poderão estar sujeitas a punições, a exemplo do atestado de inidoneidade.

O dano financeiro total ainda não foi consolidado. No caso do BRT-SUL, que ainda não está concluso, os cofres públicos sangraram em R$ 169 milhões. A Terracap por outro lado identificou o prejuízo de R$ 1,3 bilhão. O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, não descarta a possibilidade do GDF buscar o ressarcimento dos cofres públicos por meio de tomadas de contas especiais. Além das investigações, o GDF também contará a ferramenta dos acordos de leniência, caso as empresas decidam apresentar propostas de colaboração.

Para evitar novas futuros ataques ao erário, o GDF também investirá em ações de prevenção, criando grupos de gestão de risco em secretarias, empresas, autarquias e demais órgãos públicos. Além disso, o Executivo passou a fazer inspeções preventivas em novas compras.

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