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Brasília

Fotos: artigos raros do acervo de Dulcina de Moraes começam a ser revelados

Os itens encontrados mostram uma Dulcina “muito diferente daquela presença altiva que cruzava os corredores exalando seu perfume inebriante”, afirma a Fundação Brasileira de Teatro. Veja a galeria

Willian Matos

16/08/2022 13h17

Foto: Josuel Junior

A Fundação Brasileira de Teatro (FBT) começa a revelar artigos raros de Dulcina de Moraes, dama do teatro brasileiro. O órgão convidou um grupo de pesquisadores e colaboradores voluntários para abrir armários, gavetas e caixas com documentos, objetos, artigos, etc. Até o momento, segundo a FBT, foram encontrados mais de 3 mil vestidos, centenas de sapatos, luvas, chapéus, manequins e perucas.

Ainda de acordo com a FBT, os itens, manuscritos e documentos até então encontrados mostram uma Dulcina “muito diferente daquela presença altiva que cruzava os corredores exalando seu perfume inebriante”.

Um dos artigos raros encontrados é o diário de Odilon Azevedo, marido de Dulcina, com recortes de jornais, poemas, trechos de contos escritos em nanquim. O caderno, com data de 1920 a 1926, possui cartas como a de Monteiro Lobato escrita a nanquim para Odilon. Há também bilhetes, telegramas, cartas e recados enviados por nomes como Dina Sfat, Fernanda Montenegro, Clara Nunes, Bibi Ferreira, Maria Jacinta, entre muitos outros.

Veja imagens:

Todo esse material tem sido aberto, revelado, organizado e higienizado pelo grupo de voluntários que adentrou o prédio de Dulcina no Conic para garimpar o que poderia acabar se perdendo com o tempo.

“Esse acervo não corresponde apenas à história do teatro brasiliense ou carioca, por onde passou a história de Dulcina. Trata-se da história do teatro brasileiro – uma história que não pode estar guardada e escondida em baús improvisados”, afirma o diretor do Centro Cultural da FBT, Josuel Junior.

Dificuldades

O grupo montado pelo FBT relata dificuldades em continuar a garimpar o acervo de Dulcina. Uma das maiores barreiras é a digitalização dos documentos. O prédio está em energia elétrica desde o começo da pandemia de covid-19. O presidente da Fundação, Gilberto Rios, tenta reunião com a Neoenergia para recalcular a dívida do edifício com a companhia, quitar o débito e restabelecer a luz no local.

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