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Brasília

Festival de Brasília: produção mineira vence prêmio principal

Arquivo Geral

23/09/2018 23h52

Atualizada 24/09/2018 17h25

Beatriz Castilho/Jornal de Brasília

Beatriz Castilho
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A 51ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chegou ao fim. Dentre os 50 títulos ganhadores da edição, a capital mineira tomou de assalto a premiação candanga, arrebatando nove prêmios – divididos entre o curta Mesmo Com tanta agonia, de Alice Drummon, e o longa-metragem Temporada, de André Novais de Oliveira.

O longa foi escolhido como Melhor Filme pelo júri especial. O diretor, já no palco com o prêmio na mão, dedicou o filme à mãe, que faleceu este ano. “Viva o cinema negro e por mais protagonismo negro nas telas!”, exaltou. Além disso, o título levou Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Prêmio para Ator Coadjuvante – Russo APR – e Melhor atriz – Grace Passô, recebida com longa salva de palmas.

Mesmo com tanta agonia levou Melhor Curta pelo júri especial do Canal Brasil e pela Abraccine, Melhor Fotografia, Melhor atriz (Maria Leite), além de Menção Honrosa à atriz mirim Rillary Rihanna Guedes – que agradeceu o prêmio como se apresentou no filme: por uma cômica gravação de celular.
Ao todo, nove longas e 12 curtas concorriam à premiação. A categoria nacional rendeu estatueta de Longa Metragem ao documentário Torre das donzelas (RJ), de Susanna Lira. Escolhido pelo júri especial pela “sensível retomada da nossa história”. Susanna, assim como André, dedicou a estatueta à mãe:.“Além de todas as mulheres que lutaram contra a ditadura, quero dedicar à minha mãe, que me criou sozinha com minha avó”.

Pelo Júri Popular, Bixa Travesty, de Cláudia Priscilla e Kiko Goifmann recebeu a honraria. Melhor direção ficou com Los Silencios (SP), para Beatriz Seigner. Os demais filmes recebem cachês de participação, longas R$ 15 mil cada, curtas R$ 5 mil e Hours Concours R$ 10 mil.

Celebrando a arte da cidade, a Mostra Brasília, realizada pela Câmara Legislativa, evidencia o cinema local. A corrida foi marcada pelo recorde de inscrições (11 para longas e 92 para curtas), sendo 21 selecionados – três longas e 18 curtas. Levaram estatueta, pelo júri popular, os documentários longa-metragem O Outro Lado da Memória, de André Luiz Oliveira, e o curta Entre Parênteses, de Tiago de Aragão. Pelo júri especial New Life S.A., de André Carvalheira, recebe estatueta de melhor longa, além de R$ 100 mil.

Cerimônia

À frente do microfone, André Gonzales e Marina Person anunciavam os títulos escolhidos pra a premiação. A premiação começou com honraria às peças universitárias da programação, exibidas pelo FestUNI. Melhor Filme ficou com Capitais, de Kamila Medeiros e Arthur Godelho (Escola Porto de Iracema das Artes/CE). Já voto popular rendeu melhor filme para A casa de Ana (UFF/RJ), de Clara Ferrer e Marcella C. De Finis.

Lançado nesta edição, o Prêmio Zózimo Bulbul, inspirado no nome que o batiza, celebra filmes do cinema negro do Brasil. Foram escolhidos, respectivamente dentre FestUNI, curtas e longas da Mostra Competitiva, Impermeável Pavio Curto (UN/MG), de Higor Gomes, Eu Minha Mãe e Wallace (RJ), dos Irmãos Carvalho, e Ilha (BA), de Ary Rosa e Glenda Nicácio.

Saiba Mais

Assim como a cerimônia de abertura, a formalidade de fechamento, neste domingo, teve mais de uma hora de atraso, começando às 19h50.

Foram nove dias dedicados à sétima arte, com 140 títulos se revezando nas telas da cidade. Além da sede principal, Cine Brasília, a festividade percorreu Plano Piloto e 13 regiões do DF.

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