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Brasília

Exclusivo: veja atuação da polícia no QG do terrorista

O Batalhão de Policiamento com Cães da PMDF (BPCães) foi acionado para fazer a varredura no local. Nas imagens, é possível ver o cão farejador Eros

Afonso Ventania

14/11/2024 13h07

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O Jornal de Brasília conseguiu as imagens em primeira mão do momento em que as polícias Federal e Militar do DF entraram no imóvel alugado por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, na madrugada desta quinta-feira (14), em Ceilândia (DF). O chaveiro é suspeito por ter cometido o atentado à bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal.

O Batalhão de Policiamento com Cães da PMDF (BPCães) foi acionado para fazer a varredura no local. Nas imagens, é possível ver o cão farejador Eros fazendo a busca na residência à procura de explosivos. Logo após artefatos suspeitos serem identificados pelo cachorro policial, o Grupamento de Bombas e Explosivos da Polícia Federal usou um robô de última geração para inviabilizar o potencial explosivo.

O Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) chegou logo depois no local onde foram ouvidas duas explosões.

Moraes

Em sua primeira manifestação pública após as explosões na praça dos Três Poderes, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes afirmou na manhã desta quinta-feira (14) que o ocorrido não é um ato isolado e começou com o chamado “gabinete do ódio” na gestão Jair Bolsonaro (PL)

Ele afirmou ainda não acreditar em pacificação no país sem que haja punição a criminosos, se colocando abertamente contra a mobilização de bolsonaristas pela anistia a golpistas que participaram do 8 de janeiro de 2023.

“Nós não podemos ignorar o que ocorreu ontem. O que aconteceu ontem não é um fato isolado do contexto. (…) mas o contexto se iniciou lá atrás, quando o ‘gabinete do ódio’ começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF principalmente contra a autonomia do Judiciário”, disse Moares.

A ex-mulher de Francisco Wanderlei Luiz, autor do ataque que acabou o vitimando na Praça dos Três Poderes, disse para os agentes da Polícia Federal que ele “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”.

“Você vai mesmo fazer essa loucura?” teria questionado a ex-esposa ao autor dos ataques realizados na noite desta quarta-feira (13). As declarações foram feitas informalmente à Polícia Federal e foi encaminhada à delegacia mais próxima no interior de Santa Catarina. A informação foi dada em primeira mão pela GloboNews.

Polícia Federal

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, apoiou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na crítica à anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. “Não estamos falando de um grupo de pessoas que quebrou uma cadeira. Estamos falando de ações violentas contra o Estado Democrático de Direito, de atos terroristas, de tentativa de homicídio”.

“Não é aceitável que se proponha anistia para esse tipo de pessoa”, declarou Passos.

“Hoje, o ministro Alexandre de Moraes já comentou esse assunto e faço coro às suas palavras. Vejo a gravidade e extensão desse processo. Não é razoável pessoas cometerem atos terroristas, tensionarem, assassinarem, atentarem contra um Poder. Tentar vitimar policiais, porque ele sabia que policiais iam na sua residência e deixou um artefato para matar os policiais que ingressaram na residência”, afirmou.

A Câmara dos Deputados analisa um projeto de anistia às pessoas condenadas e rés pelos atos de 8 de janeiro. A proposta foi encaminhada a uma comissão especial pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e vinha sendo encampada de forma cada vez mais forte por bolsonaristas no Congresso.

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