O ex-diretor da antiga Secretaria de Transportes do DF (DFTrans), Marco Antônio Tofetti Campanella, foi condenado pelo juiz titular da 1ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal a penhorar 10% do seu salário para pagar uma multa aplicada em razão de uma condenação por improbidade administrativa.
A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e nela, o Campanella foi condenado por dificultar a fiscalização de atos do DFTrans pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), pois não teria atendido o requerimento para enviar cópias dos processos administrativos que estavam sendo alvo de apuração por eventuais irregularidades.
Na sentença, o ex-diretor foi condenado à suspensão dos direitos políticos por três anos; proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público por três anos; e ao pagamento de multa civil no valor de cinco vezes o valor da remuneração recebida como presidente do DFTrans. O valor atualizado é de R$ 261.884,62.
Como a sentença transitou em julgado, ou seja, se tornou definitiva por não caber mais recursos, o MPDFT requereu o seu cumprimento.
Apesar de ter sido intimado para efetuar o pagamento da multa ou apresentar impugnação, Campanella não se manifestou. Então o magistrado acatou o pedido do MPDFT e determinou a penhora de parte do salário.
Em sua decisão, o juiz explicou ser possível a penhora de percentual de salário e ressaltou que “o desconto dos proventos do executado em folha de pagamento no percentual de 10% mostra-se razoável à medida em que não demonstra afetar sua subsistência e nem representa ofensa ao princípio da dignidade humana”.
Da decisão cabe recurso.