Seguindo o cronograma previsto para os depoimentos de pessoas envolvidas nos atos de 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro de 2023, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) ouviu hoje o empresário Adauto Lúcio de Mesquita, que admitiu ter feito doações “pequenas” para o acampamento golpista montado no QG do Exército.
“Tive quatro doações pequenas que estão aqui, no meu extrato. Uma de R$ 100, de R$ 110 e outra de R$ 1 mil. Foram três”, disse o empresário.
Além disso, o empresário também disse ter doado cerca de R$ 10 mil para a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que buscava a reeleição, mas negou ter sido um dos coordenadores de arrecadação de doações para o acampamento.
Ele é suspeito de ter transferido dinheiro para contas bancárias de golpistas e pagar o transporte deles até a Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro deste ano, em ato que culminou na destruição do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF.
Segundo relatório da Polícia Civil do DF, além de financiar os atos criminosos, Adauto também teria participado ativamente das manifestações golpistas, divulgando, inclusive, vídeos em suas redes sociais.
Ele e Joveci Xavier de Andrade, que já prestou depoimento, são donos da rede Melhor Atacadista. Adauto tem também 21 propriedades rurais em Planaltina, Niquelândia e Luziânia.
Na próxima quinta-feira (11), o coronel Fábio Augusto Vieira, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), irá prestar depoimento na CPI.