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Brasília

Empresa global busca parcerias locais para desenvolver regiões do DF

Arquivo Geral

14/07/2015 6h00

Natasha Dal Molin

Especial para o Jornal de Brasília

Engana-se quem pensa que Brasília não tem mais para onde crescer. Apesar de não poder progredir verticalmente na área central por causa do tombamento, as regiões próximas demonstram potencial de desenvolvimento econômico e social. 

Para esse potencial prosperar, as empresas locais Gomes Figueiredo Arquitetura Urbanismo e Consultoria e Compensar Participações se uniram à global VOA Arquitetura e Desenvolvimento Urbano (empresa americana de design arquitetônico mundial). A ideia é construir um complexo com hospitais, escolas, shopping, prédios, casas, hotéis e comércio na região da DF-140, próximo ao Jardim Botânico, condomínios do Lago Sul, São Sebastião e Jardins Mangueiral. 

Início em 2012

O projeto, que começa a ganhar contornos mais palpáveis, teve início em 2012, em reuniões de arquitetos e empresários em Orlando, sede da VOA. O local na DF- 140 para projetos de desenvolvimento econômico foi aprovado pelo Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), que prevê a destinação da área, que não é mais de classificação rural, para abrigar o novo polo de desenvolvimento, desinchando a parte sul da cidade (mais para o lado do Gama e Taguatinga, Ceilândia e Samambaia). 

Benfeitorias

Grande parte da região de mais de 2 milhões de metros quadrados é de proprietários particulares, que, se tiverem interesse, poderão entrar como investidores nos novos empreendimentos locais. 

“É um negócio bom para todo mundo”, explica o vice-presidente da VOA para a América Latina, o engenheiro civil Miguel Kaled. Ele afirma que a intenção é que as ações gerem mais circulação de dinheiro para a região, com benfeitorias para quem vive nas proximidades, que carece de opções de lazer e entretenimento, além de serviços de qualidade.

Complexo prevê união dos esforços

O complexo vai comportar cerca de 900 mil pessoas. A projeção leva em conta o crescimento ao longo dos próximos 20 ou 30 anos. “Vamos prestigiar o proprietário da terra e o empresário local, além de incluir empresas internacionais, com soluções simples e eficientes para problemas profundos, com todo o conhecimento na área de design e expertise no ramo”, explica Alessandro Machado, da Compensar. 

A previsão do grupo é que as obras comecem nos próximos três anos. “Eles estão vindo com a ideia, o design e a experiência, e nós vamos trazer o parceiro local dono da terra para implantar os empreendimentos”, destaca Karla Figueiredo, da Gomes Figueiredo Arquitetura e Urbanismo. 

Deslocamentos

“Desenvolvimento urbano quer dizer novas moradias. E, antes dessas moradias, emprego. E escolas, supermercados, lojas, hospitais, divertimento. Ou seja, criar outro núcleo, fora do Plano Piloto, que é tombado e não permite crescimento vertical, como ocorre em outros lugares”, explica Miguel Kaled. As características locais, como a alta renda per capita, permitem, por exemplo, esses deslocamentos, segundo o especialista. 

A atual crise econômica brasileira não assusta o grupo. “Nesses momentos, você se esforça mais para chegar a um resultado melhor. Tudo que é imobiliário demora. Então, você tem que pensar para frente”, complementa Kaled. Ele destaca que Brasília é alvo de estudos científicos nos Estados Unidos por suas características peculiares de urbanismo e sociedade.

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