Menu
Brasília

Emergência pediátrica do HRC ganha ambiente lúdico

Pintura artística proporciona leveza aos pacientes da unidade, que oferta ampla carta de serviços de pediatria

Redação Jornal de Brasília

15/04/2021 20h04

Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

O trabalho é assinado pelo artista plástico e grafiteiro Elom, que levou um tom lúdico e confortável a um local geralmente frequentado por pessoas doentes. Com isso, o pronto-socorro infantil do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) está com um novo ambiente, mais agradável, criado especialmente para receber os pequenos pacientes que necessitam de cuidados das equipes de saúde.

“Foi uma parceria muito importante”, destaca a superintendente da Região de Saúde, Lucilene Florêncio. “O Elom doou seu trabalho de forma voluntária como um presente para Ceilândia, pois ele é um artista da nossa cidade”. Os materiais utilizados na pintura, como sprays e tintas, foram adquiridos pelos servidores do HRC e da Superintendência Oeste.

O artista reitera que seu trabalho é uma forma de homenagear Ceilândia e valorizar o HRC. “Foi um presente ao aniversário de 50 anos da cidade”, afirma. “Esse trabalho foi feito entre as 3h e as 7h, quando o fluxo de pacientes é menor. Para mim foi gratificante, por ser morador de Ceilândia e por poder presentear um dos melhores hospitais do DF com o meu trabalho”.

A superintendente da Região Oeste de Saúde tem planos de estender esse trabalho. “Pretendemos fazer outras grafitagens no hospital, como na emergência geral, e, com isso, dar leveza aos ambientes do HRC para a população que aguarda atendimento”, reforça.

A taxa de ocupação dos leitos pediátricos do HRC é considerada dentro da normalidade – dado que, segundo Lucilene Florêncio, contribui bastante com toda a rede. A pediatria da unidade também é referência para a comunidade do Sol Nascente/Pôr do Sol.

A pediatria do HRC

Desde 2006, a Unidade de Pediatria do HRC recebe bebês e crianças com condições crônicas limitantes de vida e dependência de tecnologia: alimentação enteral, oxigenoterapia, traqueostomia e uso crônico de ventilação mecânica. São meninas e meninos vindos da Unidade de Neonatologia do HRC e de UTIs pediátricas da rede, para acolhimento e apoio, visando à alta hospitalar segura para continuidade da assistência em casa, em parceria com a equipe de atenção domiciliar.

A unidade recebe, ainda, crianças com condições crônicas em fase de atualização do quadro e, também, para cuidados de fim de vida, acolhendo também suas famílias, em abordagem de cuidados paliativos, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em 2020, cerca de 40 crianças foram atendidas nessa modalidade de internação, com tempo médio de permanência de 12 dias e, no caso de dependentes de ventilação mecânica, algumas internações de mais de 60 dias. Essa oferta valoriza o paciente e sua família, ao oferecer o cuidado em com densidade tecnológica adequada à sua necessidade, ao mesmo tempo em que disponibiliza leito de terapia intensiva para crianças com eventos agudos.

O local possui equipe interdisciplinar formada por pediatras, enfermeiros e técnicos, nutricionista, fisioterapeutas, assistente social, professora da classe hospitalar, psicóloga e fonoaudióloga. Isso permite a oferta do cuidado centrado na pessoa e sua família, em modelo biopsicossocial de atenção, em alinhamento com a Política Nacional de Humanização do SUS.

Formação e projetos

Em 2016, o serviço foi credenciado na Secretaria de Saúde como Unidade de Cuidados Prolongados da Pediatria HRC, conforme Deliberação nº 24/2016 (DODF nº217/2016). O serviço também possui cadastro na plataforma da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.

Na Unidade de Pediatria, residentes da especialidade e graduandos de diversos cursos da área da saúde recebem formação em serviço no tema Cuidados Paliativos. Para este ano, há um projeto de educação permanente da equipe, com oferta de novo curso para profissionais da pediatria, neonatologia e atenção domiciliar do HRC, com carga horária de 20 horas e certificado emitido pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps).

O objetivo é ativar práticas colaborativas de aprendizagem sobre cuidados paliativos em pediatria, qualificando a atenção a crianças com condições limitantes e ameaçadoras à vida na neonatologia, na pediatria e na atenção domiciliar da unidade hospitalar.

As informações são da Agência Brasília

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado