Amanda Karolyne
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Com a aferição de temperatura na entrada e álcool em gel espalhado pelo ambiente, e responsáveis por manter todos de máscara, a Catedral de Brasília estava de portas abertas para celebrar o dia de Nossa Senhora Aparecida. As missas foram transmitidas nos canais da arquidiocese, mas a paróquia estava recebendo o público também.
Devotos e turistas com agradecimentos e pedidos compareceram ao dia da padroeira.
Dom Marcony celebrou uma das missas do dia na Catedral, e destacou que a igreja está dando exemplo ao seguir os protocolos de saúde necessários para o bem do povo. Para ele, o dia da padroeira é uma maneira de reconhecimento daquela que veio primeiro.
“A réplica de Nossa Senhora Aparecida chegou aqui para ajudar e incentivar a construção da comunidade”, afirma. Ele acredita ser muito bonito e simbólico essa celebração da mãe que sempre esteve presente, e principalmente agora nos tempos de pandemia, isso mostra a confiança do povo de deus na figura da padroeira. “Confiança na mãe que intercede por nós, e hoje nós pedimos para que ela interceda para que voltemos a viver em comunidade para abraçar nossos irmãos e viver sem divisões e com dignidade”, finaliza.
Para agradecer a vida do marido e da cunhada, Leila Viana, 57, autônoma, veio até a igreja no dia 12. “Sou devota desde pequena, e sempre tenho muito a agradecer, especialmente esse ano”, afirma. O marido, Ronildo Souza, 57, ficou 21 dias internado com covid-19, e Fátima de Souza, 67, a cunhada, está superando o câncer no pulmão. Ela sempre fez questão de ir à Aparecida do Norte comemorar o dia da padroeira, mas desde o ano passado não pôde ir, então dessa vez veio a missa da Catedral.
Quem também agradeceu a um pedido concedido, foi Erika Rodrigues de Almeida, 27, servidora pública. A filha Maria, batizada em nome da santa, está completando dois anos e foi promessa que pediu para Nossa Senhora. A criança estava presente com a mãe na celebração, ansiosa para ir brincar no parquinho, mas estava encantada com o teto da paróquia, dizendo que havia baleias nele que estavam perto de Deus. Erika é bem cautelosa quanto a pandemia, ainda mais por trabalhar no ministério da saúde, então ela esperou a movimentação diminuir para poder presenciar o dia de Nossa Senhora Aparecida.
Esperando por um milagre, Maria Bonfim Damasceno Ribeiro, 45, auxiliar de serviços gerais, foi pedir à santa que intercedesse por ela. “Estou tentando me mudar para meu apartamento desde maio, mas por motivos financeiros ainda está difícil, então vim pedir a ela que me ajudasse, e quem sabe eu célebre depois uma missa em nome dela”, conta.
Essa foi a primeira vez que Sabrina Coutinho dos Santos, 28, autônoma, visita a Catedral. Ela é devota da padroeira e participante de pastorais na paróquia onde frequenta. “Costumo ir à missa da padroeira todo ano, sempre em algum lugar diferente”, explica.
O casal de cariocas Marcia Fontenelle, 63, e Eduardo Fontenelle, 64, militar, junto do filho Alexandre Fontenelle, 36, diplomata, vieram agradecer pela vida. Márcia conta que sempre frequentou a missa na esplanada, e que veio aproveitar a oportunidade de estar de volta presencialmente celebrando o dia da santa. “Somos católicos praticantes, sempre frequentamos a missa dela e esperamos que ano que vem seja de novo na esplanada”, completa.
Segundo a pastoral de comunicação da Catedral, a capacidade máxima era de 500 pessoas, e em média 400 pessoas estavam presentes nas missas no decorrer do dia. Os atos eucarísticos foram adaptados para ocorrer de acordo com os protocolos de saúde.