Menu
Brasília

DF se junta à campanha contra o Tráfico de Pessoas

Segundo o Ministério da Justiça, entre os anos 2.000 e 2.013, um total de 1.758 brasileiros foram vítimas e reféns de exploração sexual, trabalho forçado ou remoção de órgãos

Catarina Lima

30/07/2020 16h46

Para marcar a data de hoje (30) – Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas – a Secretaria de Justiça do Distrito Federal ( Sejus) criou um novo canal de comunicação, o Disque 2104-4228, para conscientizar a população do DF e receber denúncias sobre está prática criminosa. O DF também aderiu a Campanha Coração Azul, um projeto do escritório das Nações Unidas para sensibilizar o público sobre o tráfico de pessoas.

A iniciativa consiste em iluminar com luzes azuis, durante uma semana, os prédios públicos, como a Câmara Legislativa do DF, o Palácio do Buriti, o Museu Nacional da República Honestino Guimarães e o prédio da antiga Rodoferroviária, onde funciona a Sejus. Segundo o Ministério da Justiça, entre os anos 2.000 e 2.013, um total de 1.758 brasileiros foram vítimas e reféns de exploração sexual, trabalho forçado ou remoção de órgãos.

O Distrito Federal é um dos destinos preferidos de aliciadores do tráfico. De acordo com a Sejus, embora algumas pessoas saibam que crime existe, elas desconhecem a forma de agir dos aliciadores, que tanto podem ser estranhos quanto uma pessoa muito próxima da vítima, como amigo ou até parente.

“Temos que denunciar para combater o tráfico, e mais: conhecer o perfil dos aliciadores e entender as manifestações deste crime que, inclusive, pode acontecer perto da gente, de forma silenciosa”, afirmou a Secretária de Justiça, Marcela Passamani. Ainda de acordo com a titular da pasta, a secretária está na luta para prevenir e enfrentar este crime com políticas públicas. “ Precisamos reduzir as situações de vulnerabilidade social. Por isso estamos empenhados em dar as mãos às iniciativas locais e nacionais de prevenção”, ressaltou.

Aliciamento

Atraídos por promessas de emprego com salários em dólar, pessoas são escravizadas ou até mortas. O discurso de vida fácil faz com que as vítimas apostem tudo o que têm na busca de melhores condições. Só quando chegam no destino – no exterior ou em outro Estado –, é que as vítimas percebem que caíram em golpes. Segundo autoridades da Justiça brasileira, em 2016 foram 173 pessoas traficadas. Dessas, 122 eram mulheres. Dados produzidos pelo escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes indicam que o tráfico de pessoas explora cerca de 2,5 milhões de indivíduos no mundo. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) este crime transnacional só é superado pelos tráficos de drogas e de armas.

A Sejus do DF, além de criar um novo canal de informações e aderir a Campanha Coração Azul, recomenda os seguintes cuidados:

  1. Antes de aceitar ofertas de trabalho conheça seus direitos e as condições oferecidas;
  2. Desconfie de ofertas muito atrativas, com altos salários, em países estrangeiros ou fora de seu local de residência no Brasil;
  3. Informe seu endereço de telefone para familiares e amigos;
  4. Não entregue seus documentos pessoais, incluindo passaporte, para pessoas desconhecidas.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado