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Brasília

DF deve ter 76 mil casos de covid-19 até segunda-feira (12), segundo Fiocruz

Os picos diários foram registrados nos dias 19 de junho, como 2.381 infectados, 26 de junho, com 2.455, e ontem, 6 de julho, com 2.529 casos de coronavírus 

Catarina Lima

07/07/2020 19h06

Dados disponibilizados pelo Painel Covid da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) colocam Distrito Federal como a terceira unidade de federação em números casos de coronavírus por 100 mil habitantes, com 2.002,57 casos, atrás apenas do Amapá, com 3.547,7 e Roraima, com 3.151,08. No dia 30 de junho o DF aparecia no painel em quarto lugar, com 1.489,25; o terceiro em incidência por 100 mil habitantes era o Amazonas, com 1.680,48 casos.

Nesta terça-feira (7), depois de 109 dias em que as autoridades sanitárias buscaram manter o isolamento social, as atividades comerciais foram totalmente retomadas na cidade e há uma preocupação por parte dos profissionais de saúde como se ficará a curva de crescimento do coronavírus. Com mais de 61 mil casos da doença confirmados, a lista de espera por leito para pacientes com coronavírus na rede pública é de 30 pacientes, de acordo com a Sala de Situação da Secretaria de Saúde do DF.

A Fiocruz também faz uma predição do número absoluto de casos de coronavírus para os próximos dias. De acordo com este dado, o Distrito Federal chegará em 12 de junho, próxima segunda-feira, com 76.665 casos de coronavírus, 15.561 a mais que o registrado na manhã de hoje, quando a capital tinha 61.104 casos acumulados.

Segundo o painel da Fiocruz, os picos diários de casos de covid-19 foram registrados nos dias 19 de junho, como 2.381 infectados, 26 de junho, com 2.455, e ontem, 6 de julho, com 2.529 casos de coronavírus. 

A doutora Eliana Bicudo, da Sociedade Brasileira de Infectologista (SBI), ao analisar a evolução do coronavírus no Distrito Federal prevê a continuidade do aumento de casos e sugere um lockdown (isolamento) de dez a 14 dias para achatar a crise. Apesar das obras do hospital acoplado do Hospital Regional da Ceilândia HRC) está prevista para ser entregue na próxima semana, com a oferta de 73 leitos, Eliana acredita que o DF terá problemas de falta de acomodações para pacientes. Ela descartou o início da queda do número de casos de coronavírus nos próximos dias.

“Uma queda deverá ocorrer em agosto, mas até lá precisamos ter leitos suficientes para atender a população”, avaliou Eliana. O crescimento da curva que mede os casos de coronavírus em Brasília começou a apresentar aumento significativo a partir do mês de abril e intensificou-se a partir do final de maio.

O presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, também é a favor de um lockdown neste momento. “O contágio aumentou, já estamos enfrentando a falta de leitos e esta situação tende a se agravar”, previu Fialho.

Na tarde ontem, a Sala de Situação, que apresenta um mapa dos leitos disponíveis e ocupados nas redes pública e privada do DF, registrava os seguintes números: na rede pública, dos 595 leitos oferecidos para covid-19, 85,93% estavam ocupados. Já a rede privada dos 229 leitos, 218 estão com pacientes, o que significa 95,20% dos leitos encontram-se ocupados.

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