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Brasília

Deputados pedem investigação de extração ilegal de madeira na FLONA

Parlamentares pedem instauração de inquérito policial contra empresa Ampucro e contra órgãos do GDF

Marcus Eduardo Pereira

29/06/2021 20h38

Com o objetivo de apurar denúncias de extração ilegal de madeira da Floresta Nacional de Brasília, os deputados Distritais Fábio Felix (PSOL) e Arlete Sampaio (PT) pediram abertura de inquérito policial contra a empresa Ampucro – flagrada retirando troncos da FLONA – e contra órgãos do GDF. A queixa crime foi endereçada à Delegacia de Combate a Ocupação do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente.

No último domingo (27), o Fantástico veiculou reportagem que denunciou um esquema de extração e venda ilegal de madeira na FLONA. Com imagens dos troncos em tamanho comercial sendo empilhados pelos tratores, o programa da Rede Globo traz à tona a operação ilegal da Associação de Moradores e Produtores Rurais do Capão da Onça (AMPRUCO), com possível aval do chefe da Floresta Nacional, Edilson Mendes da Silva, e da Administração Regional de Brazlândia.

“As irregularidades apontam para a necessidade de investigação do que pode ser um grande esquema de desmatamento ilegal, com possível enriquecimento ilícito, exploração de patrimônio público e com aval da chefia da FLONA e da Administração de Brazlândia. É urgente que a Delegacia do Meio ambiente apure a conduta dos envolvidos”, declara Fábio Felix.

A deputada Arlete Sampaio relembra que a FLONA é fundamental para proteger as águas do Rio Descoberto, que abastece 70% da população do DF. “Não é possível que o governo do DF não enxergue esse tipo de problema. É preciso que os servidores façam a fiscalização. Não é possível que a gente assista à devastação da FLONA”.

Necessária apuração dos fatos
A Ampruco declarou que teve autorização do chefe da Floresta Nacional para a retirada de madeira. No entanto, de acordo com a reportagem mencionada, a Autorização 4/2020 concedeu à Ampruco o direito apenas de retirar troncos caídos na região. Os funcionários ouvidos na reportagem disseram que a madeira que extraíam tinha como destino a Empresa 3E, e seriam doadas para o DER, para a Polícia Civil e para a Polícia Militar.

Em nota, Polícia Civil e Polícia Militar negaram receber doações de madeira e o DER respondeu que recebeu madeira da Administração de Brazlândia para a construção de um estande de tiro. Importante destacar que tanto a sede da Ampruco quanto da Empresa 3E tem como endereço a chácara onde vive Edílson Gomes de Araújo, presidente da AMPRUCO. A reportagem descobriu ainda que um dos sócios da Empresa 3E é filho de Edílson Gomes.

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