O planejamento operacional adotado na Esplanada dos Ministérios para a votação do pedido de afastamento da presidente da República, Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, vai ser replicado nesta quarta-feira (11), quando o processo será decidido no Senado Federal.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, o esquema foi concebido para garantir o direito à livre manifestação, sem, no entanto, colocar em risco a integridade dos cidadãos e do patrimônio público tombado. A estratégia de criar duas áreas separadas para os manifestantes vai ser mantida.
Assim como ocorreu em 17 de abril, as duas zonas para manifestantes estarão separadas por um corredor de 80 metros de largura por 1 quilômetro de comprimento — da Catedral ao Congresso Nacional. Ao longo de toda extensão, haverá policiais militares, bombeiros, agentes de trânsito e de saúde. A montagem dos alambrados começou no domingo e deve terminar até o fim do dia de hoje.
O grupo pró-impeachment ficará do lado direito do Congresso Nacional, tendo o Museu da República como ponto de concentração. Já os manifestantes a favor de Dilma Rousseff poderão se encontrar no Teatro Nacional e seguir para o lado esquerdo do Congresso.
O plano operacional estabelece a área que compreende a Praça dos Três Poderes, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto, o Itamaraty e o Ministério da Justiça como zona de segurança nacional, deixando o espaço restrito para o trânsito das forças de segurança. Sendo assim, as duas áreas reservadas para os manifestantes estão limitadas até a Alameda dos Estados.
As Vias N1 e S1 estarão interditadas a partir da 0 hora de quarta-feira (11). Os servidores que trabalham na Esplanada dos Ministérios e os manifestantes devem acessar as Vias N2 e S2.
Em 17 de abril, cerca de 80 mil pessoas foram à Esplanada para acompanhar a votação na Câmara dos Deputados, e não houve registro de ocorrência de violência entre manifestantes.