O crime da Quadra 113 Sul, em que foram vítimas o ex-ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e advogado José Guilherme Villela, 73 anos, a mulher dele, Maria Villela, 69, e Francisca Nascimento Silva, 58, governanta, pode ter sido praticado a mando de uma organização criminosa. Há indícios de que o ex-ministro teria contrariado interesse do grupo em alguma causa. Os três homens presos como suspeitos e liberados há poucos dias seriam apenas soldados do grupo. Uma fita gravada durante o depoimento de um dos supostos envolvidos mostra como a chave original do apartamento das vítimas foi parar na casa dele.
A suspeita de que o triplo assassinato tenha mandante é levantada por um integrante do judiciário, que teve acesso à fita contida nos autos do inquérito, onde estão concentrados mais de 130 depoimentos. Segundo uma fonte, um juiz foi à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) quando o caso ainda era investigado pela delegada-chefe, Martha Vargas, para conversar com os presos e saber as condições em que o homem se encontrava. ”Sabe-se que o advogado defendeu e defendia causas de grande repercussão, mas nunca se viu, anteriormente, um juiz ir a uma delegacia conversar com um detento”, afirma.
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