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Brasília

CPI terá sessão secreta para ouvir condenado por atentado a bomba próximo ao aeroporto

Chico Vigilante questionou se as ameaças vinham da extrema-direita da política, e Alan foi categórico ao dizer “Sim”

Mayra Dias

29/06/2023 15h03

Foto: Rinaldo Morelli/Agência CLDF

Uma sessão secreta será realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF (CLDF). A oitiva será de Alan Diego dos Santos, condenado por tentativa de atentado a bomba em Brasília. A decisão foi tomada, pois, em oitiva na manhã desta quinta-feira (29/6), ele admitiu que colocou o “artefato” no caminhão-tanque próximo ao Aeroporto de Brasília, mas alegou ter sido ameaçado.

Diante de tal informação, o presidente do colegiado, Chico Vigilante (PT), adiantou que ele será novamente convocado, em sessão secreta, para falar sobre a ameaça. Alan se negou a dizer o nome na sessão aberta.

Chico Vigilante questionou se as ameaças vinham da extrema-direita da política, e Alan foi categórico ao dizer “Sim”. Assim como o presidente da CPI, os distritais questionaram diversas vezes que tipo de ameaças ele recebeu. A explicação, contudo, não convenceu os parlamentares. “Se você está vendo várias pessoas fazendo esse tipo de reunião, ‘que vai fazer’, aí você não acredita, aí você fica vendo que vai ter. Aí você é acostumado a trabalhar com a Polícia Militar e a Polícia Civil. Eu não precisava falar isso aqui, mas estou falando. Eu faço parte da inteligência, mas não sou remunerado. Não é agente secreto, eu ajudo”, disse, confuso.

Em seu depoimento à Polícia Civil do DF Alan não citou essas ameaças, e disse que os manifestantes bolsonaristas acreditavam que uma explosão “atrairia a atenção do Bolsonaro para invocar o art. 142 e fazer a intervenção”.

Deputados alinhados ao bolsonarismo que compõem a CPI, como vinham fazendo nas últimas oitivas, não compareceram. São eles: Thiago Manzoni (PL), Joaquim Roriz Neto (PL) e Paula Belmonte (Cidadania).

Agosto

O calendário do mês de agosto da CPI foi aprovado e nele constam nomes como o ex-ministro de Justiça e ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres e o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid. Torres deve depor à comissão no dia 10 e Cid deve ser ouvido no dia 24.

Ao retornar, em um mês, a Comissão irá analisar a possibilidade de ouvir duas pessoas na mesma semana, de modo a agilizar o processo. Foram aprovados também requerimentos como um convite para a participação do general Carlos José Assumpção Penteado, ex-número 2 do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), um pedido de informações do Comando Militar do Planalto (CMP) e uma solicitação de relatórios de inteligência da Abin.

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