Em mais um dia de reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a coronel da Polícia Militar Cíntia Queiroz de Castro afirmou, em depoimento, que o Comando Militar do Planalto solicitou a retirada do acampamento de bolsonaristas que funcionou em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, por meses.
Porém, segundo ela, o Exército desistiu da operação em três ocasiões. O acampamento começou logo após o resultado das eleições, em outubro de 2022, e funcionou até janeiro de 2023.
“Quando chegavam nas reuniões, para produzir protocolos, a gente era surpreendido, porque o Comando informava que era apenas retirar o comércio ambulante, mas não podia mexer na tenda religiosa, nas tendas dos manifestantes”, afirmou a coronel.
Cíntia é a subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), e foi a responsável por elaborar o Protocolo de Ações Integradas (PAI) n° 2/2023, documento com orientações da pasta às forças de segurança da capital federal para evitar os atos de vandalismo em manifestações bolsonaristas entre os dias 7 e 9 de janeiro.
Ela alega, porém, que suas recomendações não foram seguidas, já que no dia 8, vândalos invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF, causando danos ao patrimônio público.