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Brasília

Compra e venda de imóveis no DF em alta

Em 2021, os números de compra e venda de imóveis na capital subiu consideravelmente em comparação com 2020 e 2019

Redação Jornal de Brasília

16/09/2021 5h37

Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília.

Elisa Costa
[email protected]

Dados sobre compra e venda de imóveis no Distrito Federal, divulgados pela Anoreg Digital nesta semana, apontaram alta considerável no número total de agosto deste ano em comparação com agosto do ano passado. Foram registrados 4.110 em agosto de 2021, com um aumento de 1.405 registros em comparação com o mesmo período de 2020, onde o total foi de 2.705.

Os dados mensais coletados pela associação mostram que em 2021, os números de compra e venda de imóveis na capital subiu consideravelmente em comparação com 2020 e 2019. Em abril de 2020, por exemplo, o menor número foi de 1.080, um mês após a pandemia da Covid-19 chegar ao Brasil. De março para abril de 2020, houve uma queda de 1.099 registros de compra
e venda.

A maior quantidade de compra e venda por mês em 2020 aconteceu em julho, chegando a 3.748, já em julho deste ano, foram contabilizados 4.159. Os primeiros oito meses de 2021 registraram números mensais maiores que os primeiros oito meses de 2020. Até o momento, o mês de março lidera com maior avanço neste ano (4.439).

A Associação de Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), sediada em Brasília, surgiu em 1984, mas era chamada de Associação dos Titulares das Serventias Extrajudiciais do Brasil (ATEB). Em 1994, a Anoreg foi reconhecida pela Lei nº 8935, através da regulamentação do artigo 236 da Constituição Federal. Mais de 13 mil cartórios são cadastrados na Anoreg, que tem o objetivo de garantir a segurança, autenticidade e eficácia de atos jurídicos. No portal digital da entidade a população pode encontrar dados sobre o registro de imóveis, nascimentos, casamentos, óbitos,
entre outros.

Pandemia foi positiva

Em entrevista, o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), Eduardo Aroeira, comentou que a pandemia foi um momento de extrema atenção para o mundo, porém foi um cenário positivo para aqueles que possuem relação com o mercado imobiliário: “Encontramos nesse período uma taxa de juros baixa, que fez com que as prestações coubessem no bolso de mais pessoal. E com o distanciamento social, as pessoas passaram a procurar um imóvel de qualidade e perceberam que isso é fundamental para uma qualidade de vida melhor”.

A Ademi-DF foi criada em julho de 1983 e é uma entidade civil sem fins lucrativos que tem o intuito de promover a divulgação do imóvel como bem-estar social e aplicação segura. De acordo com o valor geral de vendas (VGV), medido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) e pela Ademi-DF, o índice acumulou R$1,5 bilhão até novembro de 2020, mesmo valor registrado nos 12 meses de 2019. Isso indica que houve um aumento na quantidade de vendas de imóveis.

De acordo com Eduardo Aroeira, o mercado imobiliário avançou 65% em 2021, com relação à 2020 e explicou o aumento no número de registros: “Ano passado já foi um ano bom para o setor, porque a taxa de juros caiu e isso estimulou a compra e a venda de imóveis. As pessoas passaram a ficar em casa e valorizar isso: um imóvel mais confortável e que atenda às suas necessidades durante a pandemia. Imóveis maiores, de maior qualidade. Em 2021, ainda em tempos de pandemia, isso continua”.

Laís Cirilo, 18, estudante brasiliense, comprou uma kitnet no final de abril deste ano com um dinheiro que era guardado há anos, especialmente destinado para esse propósito: “Coincidentemente, o mercado imobiliário estava bom no momento em que fui pesquisar. Encontrei preços acessíveis para mim e decidi comprar”. A jovem alegou que conhece, pelo menos, mais duas pessoas que venderam seus imóveis antigos durante a pandemia e compraram novos. Uma amiga de Laís finalmente conseguiu comprar sua casa própria no Entorno da capital federal, no início de 2021.

Segundo Eduardo Aroeira, a perspectiva econômica é boa para a construção, por exemplo, que vai precisar de mais funcionários e eles podem receber salários melhores: “Com isso, mais impostos e arrecadação através do IPTU. Para os corretores, mais receita por intermediação. Com o avanço do setor imobiliário, a tendência é enriquecer todas essas áreas”.

Para 2022, foi estimado pela associação que a movimentação continue positiva. A última Sondagem do Mercado Imobiliário do DF, realizada pela Ademi, apontou que 100% das empresas do setor têm empreendimentos em obras e 95% têm imóveis à venda.

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