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Brasília

Combater a violência contra a mulher e reduzir crimes violentos contra a vida são prioridades do novo secretário de Segurança

Júlio Danilo quer entender as necessidades das regiões administrativas do DF

Catarina Lima

06/04/2021 19h36

O novo secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, o delegado da Polícia Federal, Júlio Danilo, que tomou posse no dia 1º de abril, elogiou a política de segurança pública desenvolvida por seu antecessor e colega de corporação, Anderson Torres. Ele destacou como positivos a queda na taxa de homicídios e os esforços no combate ao feminicídio.

Em entrevista ao Jornal de Brasília, o secretário afirmou que a proteção à mulher vítima de violência e a redução dos crimes violentos letais contra a vida serão prioridades de sua gestão. “O objetivo é atuar de forma precisa em cada Região Administrativa do DF, entendendo as necessidades da população e dos profissionais da segurança pública que estão na linha de frente nas cidades”.

O senhor dará continuidade ao trabalho desenvolvido pelo ex-secretário, agora ministro, Anderson Torres?

Temos uma política de segurança pública bem estruturada que vem dando certo, como o DF Mais Seguro e Mulher Mais Segura. São programas com projetos e ações que visam, sobretudo, a proteção da vida, a redução dos crimes contra o patrimônio e a continuidade da integração das forças de segurança. Em 2019, antes da pandemia, o DF teve a menor taxa de homicídios em 35 anos.

Em 2020 tínhamos o desafio de superar essa marca. O trabalho integrado, as ações de inteligência, a tecnologia e a otimização dos processos de gestão nos permitiram fechar o ano com a menor taxa de homicídios dos últimos 41 anos.

Este ano, no primeiro trimestre, conseguimos reduzir os homicídios em 30% em relação ao mesmo período de 2020, ano histórico de redução de mortes violentas no DF. Estamos no caminho certo, mas para que os índices continuem em queda, precisamos avançar sempre.

Quais serão as suas prioridades à frente da Secretaria?

A redução dos crimes violentos letais contra a vida e o enfretamento da violência contra a mulher estão entre nossas prioridades. Temos ainda uma preocupação com os crimes contra o patrimônio, pois sabemos que estes impactam diretamente na qualidade de vida da sociedade.

Estamos sempre monitorando e avaliando os resultados de nossas políticas de segurança para aperfeiçoá-las, se for o caso. Este ano vamos dar continuidade aos projetos de regionalização da segurança pública. O objetivo é atuar de forma precisa em cada Região Administrativa do DF, entendendo as necessidades da população e dos profissionais de segurança pública que estão na linha de frente nas cidades.

Em um momento de poucos recursos financeiros, como será feito para atender reivindicações salariais e de melhores condições de trabalho das forças de segurança do DF?

No início do ano passado, com o esforço do governador Ibaneis Rocha e do então secretário, agora ministro da Justiça, Anderson Torres, conseguimos um reajuste para as polícias militar e civil, e também para o Corpo de Bombeiros. Mesmo sabendo das dificuldades de orçamento dado o atual momento do país e do Distrito Federal, estaremos sempre atentos para discutir e propor melhorias para os profissionais de segurança pública do DF, inclusive com a recomposição dos efetivos. Mesmo com as limitações orçamentárias, já nomeamos cerca de três mil profissionais de segurança pública. Destes, cerca de dois mil são policiais militares.

A destinação das doses de vacinas remanescentes às forças de segurança tem dado problema. O que pode ser feito para organizar esse tipo de vacinação?

Em um primeiro momento, os critérios para utilização das doses remanescentes foram definidos por meio de Circular da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), que direcionou essas doses aos policiais que estão fazendo as escoltas das vacinas e a segurança dos postos de vacinação.

No entanto, solicitamos à Secretaria de Saúde (SES) a possibilidade de viabilizar essas doses residuais a todos os profissionais de segurança pública que estejam atuando em atividades operacionais externas relacionadas ao enfrentamento à COVID-19 no DF.

Cabe destacar que a imunização dos profissionais das forças de segurança pública do DF começou na segunda-feira (5), após plano elaborado em conjunto com a Casa Civil, SES, e representantes das forças de segurança federais e do DF. Cerca de mil doses foram aplicadas no primeiro dia.

Nessa primeira fase serão aplicadas cerca de 2,3 mil doses da vacina, distribuídas de forma proporcional ao efetivo de cada corporação. Terão prioridade os profissionais que estão na linha de frente, ou seja, mais expostos ao contágio e transmissão da doença. Outro critério é a idade.

Houve também a troca do comandante da PM, assim como do secretário de Segurança. Devido a essas mudanças pode haver modificações mais profundas nas diretrizes de segurança do DF?

Temos um planejamento consistente para atuação nos próximos dois anos, por meio do Programa DF Mais Seguro. Nosso desafio é implementar o programa na totalidade de suas ações e continuar nos aperfeiçoando e nos adaptando, mesmo diante do cenário social de instabilidade provocado pela pandemia. Melhorar a segurança e a qualidade de vida da população é um compromisso do governador Ibaneis Rocha com o Distrito Federal e a segurança pública do DF está empenhada nessa missão.

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