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Brasília

Caso 113 Sul: TJDFT mantém condenação de Adriana Villela, mas reduz pena para 61 anos

A 1ª Turma Criminal do TJ rejeitou o pedido da defesa de Adriana Villela para anular o júri que a condenou pela morte dos pais e da empregada

Redação Jornal de Brasília

23/06/2022 16h44

Tribunal do juri – Adriana Villela foto : Vitor Mendonca data : 30/09/19

Por: Marcos Nailton
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A 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), manteve a decisão do júri mais longo da história do DF que condenou Adriana Villela, mas reduziu a pena de 67 anos para 61 anos e 3 meses de reclusão e 17 dias multa. A decisão desta quinta-feira (23) foi unânime pelos desembargadores.

A arquiteta foi considerada culpada por ser a mandante do assassinato do pai, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; da mãe, Maria Villela; e da empregada da família, Francisca Nascimento. O caso, ocorrido em 2009 teve o julgamento realizado em 2019, que durou 10 dias e mais de 100 horas de discussões no Tribunal do Júri de Brasília. Adriana Villela foi condenada pelos crimes de triplo homicídio triplamente qualificado, motivo torpe, com crueldade e impossibilidade de defesa. Além de furto qualificado.

Em nota ao Jornal de Brasília, Adriana Villela lamentou a decisão do júri em relação ao indeferimento do recurso apresentado ao TJDFT. “ Lamento que a Justiça continue ignorando as provas de minha inocência reunidas em sua própria investigação, mantendo a condenação injusta à qual fui submetida no dia 2 de outubro de 2019, coincidentemente, Dia Internacional da Condenação Injusta. Perdi meus pais e minha amiga Francisca de modo cruel e me tornei a quarta vítima desse crime horroroso que há 12 anos interrompe a minha vida e a de meus familiares e tantos bons e velhos amigos, meus e de meus honrosos pais. Ainda não foi dessa vez. Sim, eu sou inocente! E tenho fé de que a Justiça nos valerá!”, contou.

Ao JBr, a defesa técnica de Adriana Vilella “Reafirma a mais absoluta certeza sobre a sua inocência, mesmo com o julgamento adverso de hoje no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Em regra, os Tribunais de Justiça tendem a manter os vereditos do Tribunal do Júri, ainda quando as decisões são contrárias às provas dos autos. A defesa confia que o Superior Tribunal de Justiça irá fazer a necessária análise técnica para resgatar a Justiça.”, contou a defesa.

A redução de 67 anos para 61 anos feita pelos desembargadores da 1ª Turma Criminal do TJDFT que deu-se parcial provimento ao recurso da defesa unânime, modificando a pena final.

Relembre o caso

O crime ocorreu em 28 de agosto de 2009, o ex-ministro do TSE, José Guilherme Villela e a advogada Maria Villela, pais da acusada, e a empregada doméstica do casal, Francisca Nascimento Silva, foram brutalmente esfaqueados. Ao todo, foram 73 facadas.

Três homens foram condenados pela execução do crime, Leonardo Campos Alves foi contratado e teria recebido R$ 60 mil para assassinar o casal Villela. Ele era o porteiro do prédio onde os pais de Adriana moravam, o réu foi condenado a 60 anos de reclusão; Paulo Cardoso Santana, comparsa e sobrinho de Leonardo, foi condenado a 62 anos de reclusão; e o segundo comparsa, Francisco Mairlon Barros Aguiar, foi condenado a 55 anos de reclusão.

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