“Respeito um ao outro”. Esse é o segredo para um casamento bem sucedido. E a receita é passada por Raimunda Luiza de Almeida, de 85 anos. Na próxima segunda-feira, ela e o marido, Joaquim Alves da Silva, de 89 anos, comemoram 69 anos de casados. “Na hora que um estiver com raiva, o outro deve ficar calmo, senão dá briga”, lembra Raimunda. Um matrimônio tão bem consolidado como esse só poderia constituir uma grande família. São 12 filhos, 23 netos, 14 bisnetos e um trineto.
Raimunda e Joaquim nasceram no interior de Minas Gerais. Ela, no município de Curvelo e ele, em Martins Campos. Os dois se conheceram quando a mãe de Raimunda, viúva do segundo marido, foi trabalhar em uma fazenda onde Joaquim era lavrador.
A união dos dois aconteceu à moda antiga, nos moldes dos casamentos arrumados, comuns em cidades do interior, principalmente entre famílias de grandes proprietários de terra, apesar de eles serem humildes.
Quando ele a viu pela primeira vez, logo se apressou em presenteá-la com um botão de flor, em sinal de seu amor à primeira vista. A moça tinha apenas 13 anos. “Quando ele me pediu em namoro, eu não quis de primeira não”, explica ela. “Eu não gostava dele e tinha outros namoradinhos”, lembra.
Mas na segunda vez, ele a surpreendeu, indo à casa onde a pretendida morava para pedi-la em casamento. Então, com apenas dois meses após terem se conhecido, os pais arrumaram a cerimônia e ela aceitou. “Ele foi lá em casa e me pediu em casamento para os meus pais. Eu achei aquilo tão bonito que aceitei”, relembra. Ele tinha 21 anos e ela, 14. A partir de então, vieram os filhos e a família começou a crescer.
mudança
Criar 12 filhos não foi nada fácil para o casal, principalmente depois que os dois se mudaram para Brasília. “Trabalhávamos o dia inteiro para ajudar em casa, pois a renda era pouca”, afirma Valci da Silva, um dos filhos.
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