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Brasília

“Campanha mais suja para o GDF”, diz Ibaneis sobre campanha de Grass ao Palácio do Buriti

O tema da saúde e das propagandas políticas foram os mais ressaltados entre o atual mandatário Ibaneis Rocha (MDB) e Leandro Grass

Vítor Mendonça

28/09/2022 1h40

O último debate com os candidatos postulantes ao Governo do Distrito Federal (GDF) foi marcado pelo embate entre os dois candidatos com maiores intenções de voto na capital. O tema da saúde e das propagandas políticas foram os mais ressaltados entre o atual mandatário Ibaneis Rocha (MDB) e Leandro Grass (PV- PT – PC do B).

Na terceira rodada de perguntas do terceiro bloco, em que os concorrentes poderiam fazer perguntas diretas sobre o tema que julgassem o mais adequado, Grass direcionou questionamento a Ibaneis a respeito da atual gestão da Saúde. Com críticas ao ex-secretário da pasta, Francisco Araújo Filho, investigado na operação Falso Negativo, o deputado distrital questionou a escolha do governador para o cargo.

Em resposta, Ibaneis destacou que está “em paz” em relação às ações tomadas durante a gestão e que “os problemas acontecidos no Iges vão ser respondidos na justiça”. “Não tenho nada a ver com isso [investigação]. Não tenho envolvimento [na Falso Negativo]”, continuou.

Em seguida, o atual mandatário levantou questionamentos sobre a idoneidade da campanha do concorrente. “Quem deveria estar preocupado é você, que tem a campanha mais suja da história ao GDF, com propagandas retiradas pela Justiça Eleitoral, com desprezo, e isso é não ter compromisso com a verdade”, criticou.

Grass, por outro lado, retribuiu na mesma moeda destacando que Ibaneis joga sujo nas campanhas com uma “guerra jurídica no submundo da política”, com apoio de “blogs pagos pelo atual governo”. “Quem joga baixo é você”, finalizou Grass no tempo da réplica.

A tréplica de Ibaneis destacou 25 propagandas eleitorais de Leandro Grass retiradas pela Justiça Eleitoral, além de acusar o adversário de ter outros políticos e apoiadores corruptos, que já foram presos. O mandatário citou o apoio do antigo concorrente ao GDF ao falar que Rollemberg “deixou a cidade em um caos”. “Querem políticas que levem o DF para o buraco. É isso que querem fazer”, finalizou.

O candidato pela federação (PV- PT – PC do B) pediu direito de resposta à organização do debate oferecido pela rede Globo de televisão, mas teve o pedido negado.

Ataques a Ibaneis

Uma das constantes durante todo o debate realizado foi a crítica ao atual governo de Ibaneis Rocha (MDB) por parte de quase todos os adversários. Na maior parte das vezes feita de forma indireta, os ataques foram feitos sobre as áreas da saúde, mobilidade, proteção de terras e falta de fiscalização de grilagem, e a não atenção às populações mais pobres do DF.

Por outro lado, o restante dos questionamentos e respostas, de forma geral, aconteceu de forma pacífica entre os candidatos ao principal cargo no Palácio do Buriti. Estavam presentes também o Coronel Moreno (PTB), o senador Izalci (PSDB), a assistente social Keka Bagno (PSOL), a ex-senadora Leila do Vôlei (PDT) e o empresário Paulo Octávio (PSD).

Outra crítica feita por Grass foi a respeito da privatização da Companhia Energética de Brasília (CEB), tratando a venda da seção de distribuição como abaixo do valor devido e ainda como uma forma de traição à população do DF. “Eu fui contra essa privatização. […] Também sou contra a privatização da Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental) e do Metrô”, afirmou.

Além dessas questões, a grilagem e divisão irregular de terras também foram ressaltadas durante o debate como um dos maiores problemas a serem enfrentados na capital. A candidata Keka Bagno e o Coronel Moreno também convergiram nas opiniões e propostas afirmando que este deve ser um desafio a ser enfrentado de frente, com muita fiscalização e responsabilidade ambiental.

Quanto ao funcionamento da gestão pública em geral no DF, Izalci, terceiro candidato melhor avaliado nas intenções de voto dos brasilienses, destacou que uma das formas mais eficientes de integrar a administração da capital é com a tecnologia, tornando Brasília uma cidade cada vez mais inteligente.

Segundo ele, em sua gestão, o GDF se responsabilizaria pela digitalização de todos os sistemas de controle, principalmente na área da saúde. Por meio da informática, a manutenção por um sistema integrado evitaria o desabastecimento de insumos em hospitais e outros pontos de atenção à saúde pública.

Quatro dias para votar

A quatro dias para o início das votações do primeiro turno, nesta quarta-feira (28), o Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) deverá finalizar a lacração das mais de 6 mil urnas eletrônicas a serem utilizadas nas 610 seções eleitorais da capital federal. O processo se iniciou na última quarta-feira (21).

O processo serve para cadastrar os dados dos eleitores das regiões de votação, além das informações dos candidatos que disputam o pleito neste ano. São aproximadamente 450 eleitores registrados em cada urna eletrônica e 861 candidatos no geral. Os números oficiais destacam, na concorrência dos cargos, 215 pleiteantes a deputado federal, 610 a deputado distrital, 12 a governador, 13 senador e 11 para a Presidência da República.

Na próxima quinta-feira, por volta das 16h, as urnas eletrônicas serão colocadas dentro de caminhões, que serão enviados a todos os locais de votação.

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