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Brasília

Calúnia: quando o ciúme beira a loucura, e leva ao crime

Vários cartazes foram espalhados em Santa Maria acusando o vice-diretor do Centro de Ensino Fundamental 403 de pedofilia

Redação Jornal de Brasília

03/05/2024 6h08

Por: Luís Nova
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O vice-diretor do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 403, em Santa Maria, Guilherme Sanglard, foi vítima de ataque calunioso. Foram distribuídos diversos cartazes falsos pela cidade afirmando que Guilherme é pedófilo. Após saber dos cartazes e da agressão à sua reputação, Sanglard foi à 33a DP e registrou ocorrência sobre a notícia falsa. “Eu fui a delegacia, eu suspeito que o autor é um homem que me acusa de flertar com a esposa dele, o que nunca aconteceu! Esse homem no dia 12 de abril, ele ligou e me ameaçou de morte e falou que a minha hora iria chegar”, desabafa o vice-diretor.

Segundo Guilherme, os ataques começaram após uma crise de ciúmes do marido de uma mulher que ele havia conhecido a pouco tempo. De acordo com o diretor, nada aconteceu e a desconfiança dele com a mulher passou dos limites e hoje Guilherme vive com medo de que aconteça algo grave com ele ou com a sua família, esposa e filha de 10 meses. “Estava trabalhando quando o professor entrou na minha sala e me mostrou. Sai do trabalho e corri na delegacia para registrar essa ocorrência. No começo eu pensei que era uma brincadeira de criança, mas a noite com o tanto de mensagem que recebi, vi que realmente era um ataque pessoal”, contextualiza.

Guilherme é vice-diretor há 5 anos e trabalha na Secretaria de Educação (SEEDF) há 11 anos. Ele foi aprovado no concurso de Analista de Gestão Pública da SEEDF. O diretor informou que nunca se envolveu com nada criminal e agora irá entrar com ação cível e criminal para ter a reparação do ataque à sua imagem. “Ele fez essa difamação para tentar me queimar na comunidade, queria que eu fosse linchado. Várias pessoas já morreram por causa de notícias falsas.

De acordo com a criminalista Fabiani Santana, a competência deste tipo de crime não é do Ministério Público e sim da parte que sofre este tipo de agressão, pois é uma ação penal privada. “A pessoa tem 6 meses a partir do conhecimento do fato para ajuizar a ação. Esse crime é qualificado como crime contra a honra”, explica a especialista.

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