Raphaella Sconetto
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Dentre todas as dificuldades de mobilidade que os cadeirantes enfrentam no Distrito Federal, eles foram surpreendidos com mais um obstáculo: de seis elevadores, o único que funcionava na Rodoviária do Plano Piloto agora está quebrado e sem previsão de conserto.
A assistente administrativa e cadeirante Thaís Regina de Carvalho, 34 anos, que mora em Taguatinga e trabalha no Setor Comercial Norte, utiliza o metrô como meio de transporte e usa todos os dias o elevador para subir até a plataforma superior e completar o trajeto até chegar ao trabalho. Porém, na sexta-feira (12), foi surpreendida com o equipamento quebrado.
“São seis elevadores e somente um funciona. Quando um quebra, a gente fica na mão. A minha cadeira não sobe nem desce escada rolante, porque é motorizada. Está um transtorno esse elevador quebrado”, lamentou Thaís.
A cadeirante afirmou que desde sexta-feira vai à Administração da Rodoviária e eles alegam que vão consertar. “Agora, me afirmaram que não tem previsão porque o contrato com a Novacap está encerrado”, contou.
Enquanto isso, o transtorno vai afetando mais cadeirantes que dependem do elevador para a locomoção. A aposentada Telva Lima, 43 anos, que sai de Ceilândia Norte para fazer um tratamento no Plano Piloto, conta que teve que dar a volta em um caminho longo, sendo que só demoraria o tempo de subir ou descer no elevador. “Tive que me arriscar a atravessar no meio da rua, só por conta da volta que dei”, criticou Telva.
Em nota, o DFTrans informou que, juntamente com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), está em contato com a empresa fornecedora dos serviços de manutenção nos elevadores da Rodoviária do Plano Piloto. De acordo com eles, a expectativa é de que o serviço seja restabelecido amanhã.