Por Maria Beatriz Giusti e Júlia Araújo
Agência de Notícias do CEUB/Jornal de Brasília
Formada por alunos e professores da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do DF (APAE-DF), a banda “Baião de 2” atua desde 2012 como um recurso terapêutico e inclusivo para pessoas com deficiência expressarem a sua arte por meio de uma mistura de ritmos e músicas.
E, neste final de semana, dias 7/9 (sábado) e 8/9 (domingo), Baião de 2 apresentará músicas de variados estilos em dois festivais em Planaltina (DF).
O projeto, idealizado pelos arte-educadores Karla Taciano (Kaká) e Flávio Gaio, é desenvolvido atualmente por Kaká, professora de teatro e música na Apae, desde 2003. Ao longo dos anos como educadora, Kaká percebeu o potencial e talento de vários alunos e decidiu montar o grupo.
Estilos
A Baião de 2 tem um repertório rico em música popular brasileira (MPB), misturando desde o reggae até o forró, o que possibilitou a realização de diversas apresentações em escolas do Distrito Federal, saraus e eventos culturais. Além disso, a banda também gravou um CD e um DVD, que contam com músicas autorais e covers.
Por isso, neste final de semana, a banda se apresenta em dois festivais diferentes em Planaltina. No Festival Parques Sucupira, no sábado (07/09), promovido pela rádio comunitária Utopia FM Planaltina, foram selecionadas 20 bandas, entre 80 inscritas. Kaká explica que o festival é um inventivo de integração entre a população de Planaltina e a cultura popular, além de estimular a acessibilidade.
Já no domingo (8), a Baião estará presente no Festival Favela Gastronômica, localizado na Praça do Museu Histórico de Planaltina. O Festival engloba culinária, diversidade, acessibilidade e sustentabilidade para promover a cultura para a população de Planaltina. A banda apresentará o show com músicas autorais e covers às 18h.
Inclusão
Para Kaká, o trabalho deles é fazer um show de inclusão e conseguir, por meio da música, proporcionar qualidade de vida e profissionalizar os integrantes no ramo musical, quebrando a barreira do preconceito.
“Alguns anos atrás essas pessoas estariam dentro de casa sem sair por conta de preconceito, mas agora elas estão aqui em cima do palco mostrando que elas podem estar no mesmo lugar que seus ídolos”, destacou a educadora.