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Brasil

“A Mulher do Fim do Mundo” é um dos melhores álbuns internacionais do ano

Jornal de Brasília

15/12/2016 16h20

Elza soares, a diva brasileira de voz marcante, com seis décadas de carreira, conquistou mais um reconhecimento em sua trajetória musical. O álbum “A Mulher do Fim do Mundo” foi aclamado pela crítica como um dos melhores discos brasileiros de 2015 e está entre os destaques internacionais de 2016.

Lançado em outubro de 2015 pela gravadora Circus, “A Mulher do Fim do Mundo” é o 34º. disco da artista gravado em estúdio. A produção vai de encontro com a estética musical contemporânea de São Paulo, com gravações feitas justamente na capital paulista.

O álbum produzido por Guilherme Kastrup mistura alguns gêneros como samba, reggae, rap, rock, jazz e música eletrônica. O projeto também aborda temáticas sociais como transexualidade, preconceito racial, drogas, violência contra a mulher e outros problemas atuais. O nome “A Mulher do Fim do Mundo” é da canção homônima que traduz passagens conturbadas da própria vida de Elza Soares.

Prêmios e reconhecimento internacional

“A Mulher do Fim do Mundo” deu a Elza Soares o seu primeiro Grammy Latino, nesta edição de 2016, como Melhor Álbum de Música Popular Brasileira. O trabalho da artista vem recebendo inúmeros elogios da crítica nacional e internacional.

Luiz Fernando Vianna, da Folha de São Paulo, diz que “Elza sempre renasce das cinzas”. Silvio Essinger (O Globo) afirma que nunca Elza “soou tão negra” como neste álbum. Já Mauro Ferreira (Rolling Stone Brasil) fala que o álbum representa “mais uma lágrima negra que escorre sobre a pele escura de Soares”.

O recente trabalho da artista já coleciona críticas positivas entre as principais publicações internacionais. O jornal britânico ‘The Guardian’ diz que para a extraordinária cantora brasileira o tempo parece não importar. O espanhol ‘El País’ fala que a veterana Elza Soares assinou um dos melhores discos de 2015. O site ‘Songlines’ cita que o resultado do seu disco é emocionante e diferente de tudo que já se ouviu antes, e que a entrega honesta e imediata da artista rouba o show.

A crítica norte-americana também lhe conferiu excelentes cotações. Elza ocupou a décima colocação na lista do editor de artes Jon Pareles, do jornal ‘The New York Times’ e ficou entre os 50 melhores discos da lista do ‘Pitchfork’, um dos mais importantes sites de música do mundo.

Turnês

Nos shows, Elza Soares é acompanhada pelos músicos Marcelo Cabral, Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Rodrigo Campos, Guilherme Kastrup  e Felipe Roseno. Conta ainda com as participações especiais do cantor Rubi, da banda Bixiga 70 e do Quadril – Quarteto de Cordas.

Aclamada pela crítica, a diva fez uma turnê nacional onde se apresentou em diversas capitais e cidades brasileiras, com casas lotadas. Após a boa repercussão do disco no exterior, Elza fez uma curta turnê pela Europa, levando seu estilo para esquentar o clima em Berlim (Alemanha) e Itrecht (Países Baixos). Passou também por Londres, Inglaterra e esteve na cidade do Porto, em Portugal, locais onde recebeu muitos elogios da crítica.

A viagem fez com que a cantora confirmasse o seu sucesso com o novo disco. Em entrevista ao UOL, ela declarou: “Olha, desde que o disco saiu lá fora ouvimos uma repercussão maravilhosa. Mas ir pra lá e ver com os próprios olhos, em vários shows esgotados, foi realizador. É verdade mesmo, então!”

Para 2017 seu show está incluído no line-up do Primavera Sound, um dos maiores eventos musicais europeus, que acontece em junho, em Barcelona. No verão, a cidade espanhola se torna uma das mais atrativas da Espanha. A programação de shows e casas noturnas em Barcelona é uma incomparável vitrine para artistas. Elza conta que num futuro próximo possa ingressar em turnês pelos Estados Unidos e América Latina.

Elza Soares iniciou a carreira no final da década de 1950 e é dona de uma trajetória de trabalho e de vida um tanto conturbadas. Ela é um ícone como artista e como pessoa, pois superou muitas dificuldades e problemas pessoais, sem nunca deixar de levar sua arte ao palco e brilhar para as platéias. “Mulher do fim do mundo, eu sou e vou até o fim cantar”

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