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Vinhos e Vivências
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Vinho, visão e resultados: a brasileira que conecta Itália e Brasil

De ex-atleta de vôlei a winehunter de sucesso na Itália, conheça um pouco da história de Karine de Sousa.

Cynthia Malacarne

29/11/2024 5h00

Atualizada 28/11/2024 19h52

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Winehunter Karine de Sousa/ Divulgação

Uma brasileira está quebrando paradigmas e conquistando um espaço de destaque no mundo do vinho. Ex-atleta de vôlei, Karine de Sousa encontrou na Itália o cenário perfeito para unir a paixão pela enologia e pelos negócios, tornando-se uma referência no mercado internacional deste segmento. Com visão estratégica e sensibilidade, sua atuação tem impulsionado a exportação de rótulos italianos para o Brasil, conectando culturas e mercados de forma inovadora.

Sua história é marcada pela superação. Após uma infância e adolescência difíceis, encontrou no vôlei uma saída para transformar dor em força. Aos 16 anos, deixou o Brasil para jogar profissionalmente na Itália. “No esporte, aprendi a canalizar minha energia e construir algo positivo”, reflete a winehunter. 

Com o fim da carreira esportiva, Karine se reinventou como empreendedora. Iniciou sua trajetória no mundo dos negócios, organizando feiras e conectando empresas italianas e brasileiras. Mas foi no universo do vinho que encontrou sua verdadeira paixão. “Quando entrei nos vinhedos pela primeira vez, percebi que queria viver de emoções, não apenas de negócios”, revela. 

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Karine de Souza, ex-jogadora de vôlei brasileira e winehunter/ Divulgação

Hoje, ela lidera um trabalho robusto de exportação que já conectou cerca de 300 vinícolas italianas ao mercado brasileiro, movimentando o setor e criando pontes entre produtores e consumidores. Sua empresa, reconhecida por estratégias inovadoras, oferece suporte completo às vinícolas, desde a adaptação cultural ao mercado brasileiro até negociações comerciais de sucesso.

Apesar das oportunidades, os desafios são muitos. A empresária destaca as barreiras burocráticas no Brasil como um dos maiores obstáculos para o comércio de vinhos. “Não é só o custo, mas a complexidade da documentação e as diferentes interpretações das regras. Isso dificulta muito o processo para os exportadores”, explica. 

Outro desafio é a falta de preparo cultural de muitos produtores italianos. “Eles precisam entender que o Brasil é único. Não se vende vinho aqui como em outros mercados. É preciso estudar o público, investir em marketing e criar desejo no consumidor brasileiro”, pontua. 

Por outro lado, o mercado brasileiro está em ascensão. O consumo de vinhos tem crescido de forma constante, com os brasileiros buscando cada vez mais rótulos premium e autênticos. “O Brasil valoriza histórias e produtos com territorialidade, o que é a essência dos vinhos italianos. Isso cria uma grande oportunidade para produtores que sabem interpretar os anseios desse mercado”, afirma. 

Entre suas conquistas mais recentes está a introdução da Casa Valduga no prestigiado Merano Wine Festival, na Itália, que marcou um momento histórico para o vinho brasileiro no exterior. “Os italianos ficaram encantados. Foi um marco importante para mostrar a qualidade dos nossos rótulos”, celebra. 

Além disso, Karine está organizando a edição brasileira do Merano Wine Festival, programada para setembro do próximo ano. O evento será voltado para profissionais do setor e trará vinhos italianos premiados, conectando ainda mais os dois mercados. 

Karine de Sousa, Wine Hunter Ambassador para a América do Sul no Merano Wine Festival/ Divulgação
Karine de Sousa, Wine Hunter Ambassador para a América do Sul no Merano Wine Festival/ Divulgação

Essa brasileira é a prova de que inovação, paixão e resiliência são ingredientes essenciais para o sucesso. No mundo do vinho, Karine de Sousa está não apenas abrindo portas, mas criando um legado que une dois países em torno de cultura, tradição e negócios.

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