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Vinhos e Vivências
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Há um vinho ideal para cada estação do ano?

Os amantes de vinho podem beber vinho o ano todo, porém, algumas pessoas ficam em dúvida sobre quais vinhos tomar quando está fazendo calor ou frio

Cynthia Malacarne

19/08/2022 10h12

Foto: Cynthia Malacarne

Podemos dizer que para cada estação do ano há um estilo ou variedade de uva mais recomendado para a ocasião?

É inegável que no verão consumimos mais vinhos brancos, espumantes e rosés. Nos dias mais frios, costumamos optar por vinhos tintos mais encorpados e brancos estruturados, como os elaborados com a casta Chardonnay, e que tenha passado por barrica em seu processo de maturação.

Os amantes de vinho podem beber vinho o ano todo, porém, algumas pessoas ficam em dúvida sobre quais vinhos tomar quando está fazendo calor ou frio. Em Brasília, por exemplo, acontece muito essa dualidade do clima na mesma semana. Aí fica aquela pulga atrás da orelha: qual vinho tomar?

Pensando em ajudar nesta questão, alguns especialistas em vinho e gastronomia deram algumas sugestões de vinhos para que você possa degustar em temperaturas baixas e altas. O Chef Diego Koppe, por exemplo, recomenda o vinho branco, mais fresco, servido entre 8º C e 10º C, para os dias de calor. “Além disso, os espumantes são uma outra boa pedida. Na Europa, eles são consumidos até na praia, extremamente gelados, com temperatura abaixo de 5º C. A borbulha ajuda que eles sejam ainda mais refrescantes. Os vinhos rosés também carregam esse mesmo aspecto”, conta Koppe.

Isso quer dizer que no calor não devemos beber vinho tinto? Claro que podemos, mas vamos dar sempre preferência para os tintos mais leves, com maior acidez, menor teor alcóolico, mais fruta e menos madeira. O sommelier e especialista em vinhos do site do Super Adega, Rodrigo Rio Preto, explica: “No calor, geralmente, bebem-se vinhos mais refrescantes. É comum, que a escolha, para quem não quer deixar de tomar um vinho tinto nesse período, seja de uvas menos encorpadas, como a Pinot Noir e a Gamay. Tintos leves devem ser servidos mais ou menos na temperatura de um vinho branco encorpado, ou seja, de 7° C até 13° C, o que dá a sensação de refrescância.”

Nos dias frios, a procura pelos vinhos tintos aumenta, pois ele promove uma sensação de aquecimento, pois ele promove o aquecimento, devido a uma substância chamada tanino. “O vinho tinto é servido em temperaturas entre 15º C e 18º C, por isso, a recomendação é do consumo de vinho tinto nos dias mais frios, porém o mais importante ao degustar um vinho é testar rótulos e diferentes uvas para encontrar um que agrade ao paladar, não importa a safra”, comenta Diego Koppe.

Seguem algumas sugestões do sommelier e especialista em vinhos do site do Super Adega, Rodrigo Rio Preto, encontradas no site do Super Adega.

Para o calor:
Vinho português branco Monte do Carrapatelo – R$ 88,26
Vinho francês rosé Piscine (pode ser consumido com pedras de gelo) – R$ 120,81
Espumante Aurora Procedências (pode ser o Chardonnay, o Rosé ou o Pinot Noir) – R$ 40,83

Para o frio:
Vinho tinto chileno Yagan Gran Reserva Cabernet Sauvignon – R$ 70,90
Vinho tinto português Baronesa de Vilar reserva – R$ 102,90
Vinho tinto argentino Norton Malbec DOC – R$ 54,90

Dia da Pinot Noir: variedade de uva conhecida por sua elegância e por elaborar um dos vinhos mais caros e icônicos do mundo

A cada 18 de agosto, celebra-se o dia internacional da casta Pinot Noir, a emblemática uva utilizada na elaboração de um dos vinhos mais caros do mundo o famoso Romanée-Conti.

A Pinot Noir tem sua casa na região da Borgonha, na França, com características especiais como brotação e amadurecimento precoces e suscetibilidade a geadas. Prefere climas mais amenos e cresce bem em solos calcário-argilosos. Em climas quentes, tem um amadurecimento muito rápido, o que pode alterar sua composição fenólica, responsável pela formação dos aromas e sabores.

Além disso, esta variedade de uva ganhou a fama de elaborar vinhos elegantes e complexos e está cada vez mais a ganhar admiradores. Com isso, a Pinot Noir deixou de ser exclusividade do território francês e atualmente é encontrada em vários lugares do mundo. Regiões vitivinícolas como a região Central de Otago, na Nova Zelândia; Oregon, nos Estados Unidos; Patagônia, no Chile e Argentina; e Valle del Itata, no Chile, são alguns lugares onde a casta se adaptou e está a elaborar excelentes vinhos.

Para celebrar a data, a Sociedade da Mesa, primeiro clube de vinho do Brasil, oferece dois rótulos como sugestão para os apreciadores da uva. O primeiro é um vinho tinto croata, Kutjevo de Gotho Pinot Crni 2018 (R$ 219), que, moderno e quente, tem uma excelente acidez, taninos macios e finos. Seu sabor harmonioso e assíduo, com gosto de frutas negras, completa-se com uma junção de aromas complexos e intrigantes de frutas silvestres maduras e frutas de caroço, sustentados por notas defumadas e de baunilha, florais e ervas secas, finalizadas com um toque de pimenta-branca.

A vinícola Kutjevo fica no meio da região continental da Eslovênia e é a mais antiga do local. É de lá que vem diretamente para a Sociedade da Mesa uma seleção exclusiva de vinhos croatas, que atende os apreciadores da vinicultura da região. A linha premium Pinot Noir de Ghoto vem do vinhedo Hrnjevac, onde as uvas são colhidas à mão. As excelentes condições de microclima das vinhas e o envelhecimento da bebida em barris de carvalho garantem um resultado surpreendente.

A segunda sugestão do Sociedade da Mesa é o tinto Aura Errazuriz Estate Series Reserva Pinot Noir 2020 (R$ 97,75), um vinho chileno de sabor fresco e suculento, com taninos elegantes e acidez equilibrada e persistente. Por ser refrescante e leve, é perfeito para ser apreciado no dia a dia, à beira da praia ou numa tarde de sol na piscina.

Esse Pinot vem do Vale do Aconcágua, local com clima de características mediterrâneas, que fica a apenas 12 km do Oceano Pacífico, recebendo grande influência marítima. Sua vinificação é feita durante seis meses, passando metade do tempo em tanque de aço inoxidável e metade em barris de carvalho francês.

Provei e Aprovei

Nessa semana, vamos viajar através do vinho, até a prestigiada região do Piemante, na Itália, e degustar o vinho Truffle Hunter Leda.

Os vinhos da Luca Bosio Vineyards chegam ao Brasil apostando na qualidade e em seu background como diferenciais. São nove rótulos, que incluem os prestigiados Barolo e Barbaresco, assinados pelo enólogo Valter Bosio. O nome da linha é uma homenagem a um cão caçador de trufas da família. Os vinhos são trazidos ao Brasil exclusivamente pelas importadoras Porto a Porto e Casa Flora e podem ser encontrados também no e-commerce Grande Adega.

O Piemonte é formado por Denominações de Origem Controlada (DOCs) sobrepostas sendo que o Langhe é o coração da vitivinicultura da região, onde estão Barolo e Barbaresco. Trata-se de um terroir poderoso que combina clima, uva e solo, onde a Nebbiolo amadurece lentamente e alcança qualidade sem igual. A enogastronomia regional é extremamente rica, sendo que as trufas têm papel importante e combinam com seus vinhos ricos e maduros.

Truffle Hunter Leda
A vinícola italiana foi fundada em 1967 por Egidio e Angela e hoje é comandada pela terceira geração. O filho do casal, Valter Bosio, casou-se com Rosella e teve um filho chamado Luca. Os 60 hectares de vinhedos estão localizados no centro do Langhe. O nome “Truffle Hunter Leda” é uma homenagem a Leda, uma cachorrinha e companheira fiel da família Bosio por 14 anos, lendária por sua habilidade de caçar trufas.

A ligação entre Leda e Valter é tão forte e apaixonada que, quando ela falece, ele pede ao amigo para enterrá-la longe da adega, onde o chão está sempre “tranquilo”, e cobre-a com um cobertor: “para ela não passar frio”. Este é o símbolo da relação que conecta os caçadores de trufas com seus cachorros para sempre. Uma relação construída sobre lealdade e amor que é muito mais do que uma simples amizade entre cão e homem. A homenagem nasce justamente deste companheirismo. Acredita-se que o legado e a história da Leda vivem cada vez que uma garrafa é aberta.

Provei o Truffle Hunter Leda Langhe DOC Rosso, elaborados com as uvas Barbera (80%) e Nebbiolo (20%), com taninos macios, boa acidez, aromas de cereja, amora, violeta, couro e um leve toque de anis. O vinho está aprovado!

Onde comprar: www.grandeadega.com.br com preço promocional de R$ 64,90 (valor normal R$ 79,90).

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