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Vinhos e Vivências
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Confraria Cultural: vinho e gastronomia no Piselli Brasília

Todos os meses, a casa irá promover uma degustação de vinhos harmonizados com sua gastronomia italiana. Fui ao primeiro encontro e provei os seis vinhos servidos. Confira os detalhes

Cynthia Malacarne

23/09/2022 12h50

Foto: Cynthia Malacarne

O restaurante Piselli, conhecido pela alta gastronomia, lançou, na quinta-feira (22), a primeira edição da Confraria Cultural. Todos os meses, a casa irá promover uma degustação de vinhos harmonizados com sua gastronomia italiana. Em cada encontro será convidada uma importadora, que irá apresentar cinco rótulos de um país produtor de vinhos.

O tema do primeiro encontro da Confraria Cultural foi Espanha, e a Mistral compareceu com os vinhos da Famiia Fernández Rivera, renomada vinícola da região da Ribeira del Duero. A proposta da Confraria é também trazer um representante da vinícola para um bate-papo com os confrades. Ontem, o diretor de exportação Álvaro Limachi Aparicio nos apresentou os vinhos, contou a história da família e da vinícola, bem como as peculiaridades da região onde os vinhos são elaborados.

Foram servidos seis vinhos. Uma seleção incrível! Começamos com um espumante nacional, o Vallontano Brut, fresco, com boa acidez e cremosidade, acompanhou lindamente as tapas de entrada. Em seguida, degustamos El Vínculo Crianza 2016, elaborado com a casta Tempranillo, um vinho elegante, encorpado, volumoso, com longo final de boca.

O terceiro vinho foi Dehesa La Granja 2018, produzido na denominada Tierra del Vino Zamorana com a variedade Tempranillo. A antiga adega conta com uma cava subterrânea de mais de três séculos onde os vinhos são envelhecidos. É muito interessante perceber a diferença entre um vinho e outro, ainda que elaborados com a mesma uva.

O quarto rótulo degustado foi Condado de Haza Ribeira del Duero DO Crianza 2018; o quinto foi o Pesquera Crianza 2018, elaborado dentro da zona delimitada Pesquera de Duero, com altitude de mais de 800 metros, com solos franco-argilosos, o que confere frescor ao vinho; a experiência foi finalizada com um cálice de vinho do Porto Graham’s Fine Tawny.

A próxima Confraria Cultural acontecerá em outubro. As vagas são limitadas, então, fiquem atentos à data. A experiência completa da Confraria Cultural sai a R$ 340 por pessoa.

Para mais informac?o?es: (61) 98124-0977 (Alê Nascimento) ou @pisellibrasilia

Más Vino apresenta linha Kakabadze

A importadora Más Vino está com novos rótulos nas prateleiras. Conhecida por garimpar vinhos diferentes e desmistificar o conceito de que bons vinhos são vinhos muito caros, a loja com Wine Bar da 306 sul acaba de incluir no portfólio lançamentos da vinícola georgiana, Shilda Winery, exclusivos aqui na cidade.

São cinco novos rótulos, entre espumante e vinhos brancos, rosés e tintos, todos da linha Kakabadze, que faz uma homenagem à arte. Todos os rótulos apresentam as paisagens coloridas criadas por um dos principais artistas georgianos, David Kakabadze, que refletem as terras férteis da Geórgia vistas através dos olhos do pintor.

O grande lançamento é o espumante branco Brut Bagrationi Classic. Da região de Kartlina (perto da capital, Tbilisi), o Classic Brut é uma mistura de três variedades de uvas indígenas: Chinuri, Tsitska e Rkatsiteli. Produzido pelo método Charmat, a Bagrationi é a principal vinícola de espumante da Geórgia, com uma história que remonta a 1882, quando a empresa foi fundada pelo príncipe georgiano Ivan BagrationiMukhraneli.

A nova linha traz também o Kakabadze Tsinandali AOC, um vinho branco produzido a partir de uvas Rkatsiteli e Mtsvane, cultivadas em região estritamente controlada Tsinandali micro-zona. Outra novidade é o Kakabadze Saperavi Rosé, elaborado com uvas 100% saperavi, amadurecidas na região de Kakheti por métodos tradicionais.

Um dos destaques da nova linha é o Kirke Saperavi Napareuli AOC, produzido a partir de uvas saperavi, variedade cultivada em região estritamente controlada, Napareuli (micro-zona). Esse vinho é inspirado no conto mitológico da jornada sedutora de Odisseu ao que hoje é considerado território georgiano, e seu encontro com a deusa inspirou a vinícola a reviver o antigo ritual de vinificação à maneira de Kirke. A antiga tradição da colheita de Kirke é feita durante a lua cheia, quando as uvas atingem a maturidade e são colhidas manualmente por mulheres.

Provei e Aprovei

Você sabia que há produção de vinho na Rússia? Associamos Russia à Vodka, mas não a vinho. No entanto, na parte sudoeste deste imenso país, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, pode-se encontrar vários vinhedos e vinícolas que produzem vinho russo. O clima relativamente quente, acompanhado pela influência do mar Negro, do mar Cáspio e das montanhas do Cáucaso, tornam esta parte do país particularmente adequada para o cultivo da vinha.

A história da vinificação na Rússia começou nos tempos modernos, por volta de meados do século XIX, quando o príncipe Lev Golitsyn abriu a primeira vinícola a produzir vinhos espumantes russos. A produção sofreu uma ruptura dramática, primeiro, quando a Revolução Russa ocorreu em 1917, e depois, com as várias campanhas antiálcool iniciadas pelos líderes soviéticos. Devido à introdução de técnicas de vinificação europeias no início do século 21, as vinícolas russas começaram a produzir mais.

Provei o vinho russo Angels And Demons, um Cabernet Red 2019, importado exclusivamente pela Sociedade da Mesa loja e Clube de Vinho. O produtor desse vinho Kuban Vino é um dos maiores da Rússia, localizado na Península de Taman, no território de Krasnodar.

Angels and Demons, Cabernet Sauvignon, não tem passagem por barrica, é um vinho fresco, com boa acidez, com aromas de frutas negras, principalmente ameixa e um toque de especiarias. É uma ótima opção para conhecer um exemplar russo dessa variedade de uva.

Onde comprar? Sociedade da Mesa. Preço sugerido: R$ 116,47.

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