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Por que storytelling ao invés de história?

Se você quer aprender a fazer um incrível storytelling ao invés de simplesmente contar uma história e não dar vida a ela, siga nossas dicas

Luana Tachiki

16/05/2023 14h01

Atualizada 17/05/2023 12h31

Foto: Karolina Grabowska/Pexels

Acompanhe a leitura deste conteúdo com o áudio a seguir:

O storytelling é a arte de narrar uma história com emoção. Não é simplesmente contar, mas como ela é contada. É a utilização de recursos de habilidade para prender a atenção do público. No storytelling, o narrador tem a presteza de provocar sentimentos e cativar uma audiência, criando conexões e inserindo entretenimento num contexto teórico.

Nós somos consumidores de storytelling, e a emoção é o maior fator de persuasão.

Qual a sua história e como ela será contada? É sobre um caso de sucesso? Sobre a história da sua marca? É sobre a sua própria história? Retrata um filme, livro, série, telenovela?

Três elementos importantes ao montar seu storytelling são: curiosidade, identificação e autenticidade.

Qual o formato do seu storytelling? Vídeo no YouTube? Carrossel no Instagram? Artigo em um blog? Palestra? E quem vai consumi-lo?

Tipos de storytelling

  • Storytelling para vendas
  • Storytelling para cinema
  • Storytelling para marketing

Se você quer aprender a fazer um incrível storytelling ao invés de simplesmente contar uma história e não dar vida a ela, siga nossas dicas a seguir.

Na fase I do storytelling, é importante entender um pouco sobre o assunto. Identificar a história e sua temática, apresentar a ideia central. Ainda na fase I, identificar qual o gênero dessa narrativa: se é um drama, suspense, comédia, romance… por fim, descobrir o tipo de narrativa, se é factual ou fictícia. Nessa primeira fase, o conceito geral é conhecer sobre a história a ser contada.

A fase II também é conceitual, introdutória, para criar um breve cenário antes de entrar com a própria narrativa. E neste momento falamos sobre os personagens (os principais e os coadjuvantes) e suas peculiaridades: sotaques, habilidades, traumas, limitações…

Na fase III , entramos decididamente no conteúdo da história. Após as fases introdutórias, falamos sobre o momento que chamamos de Call to Action/Incidente Incitante. É aqui que os personagens entram em ação. Encontram no seu caminho um propósito, uma missão, algo que irá sair do Status quo para dar início à sua jornada.

Agora, na fase IV, deparamos com as melhores partes dos filmes, livros, telenovelas, séries e histórias: o conflito. É ele que cria expectativa, que nos move da poltrona, traz várias perguntas enquanto tudo acontece. Sem essa fase, não haveria história, muito menos um storytelling. O conflito diferencia-se da fase anterior porque é repleto de uma quebra de expectativa — enquanto na outra fase, a expectativa é construída, aqui ocorre o contrário. E é por isso, que pulamos do sofá ou da cadeira do cinema e indagamos com perguntas quem narra uma “história”. São vários tipos de conflitos que uma narrativa pode ter: interpessoal, extrapessoal (natureza, social e sobrenatural).

Em seguida, vamos para a fase cinco, que é quando o personagem entra em crise. Nela, o personagem principal tem de lidar com seus conflitos internos. A crise do personagem se estabelece diante de uma grande perda, derrota, contratempo, humilhação, mentira, separação… tudo que levará o personagem a uma crise existencial ou situacional que o levará aos problemas intrapessoais: solidão, depressão, ansiedade, nervosismo, agitação.

Na sexta e última fase, o storytelling é marcado por um teste crítico, o famoso clímax. Geralmente, o protagonista faz a sua escolha e mergulha no último ato, na maior e mais importante ação. É uma fase em que ficamos bem ansiosos para, enfim, ter tudo revelado, nem que seja uma revelação que fique no ambiente sugestivo.

Vamos aprender da forma que amamos, com storytelling de cinema? Para entender melhor, vamos esmiuçar o filme Titanic, clássico das telonas.

  • Fase I – A história é sobre um navio com uma tecnologia revolucionária para à época, que iria cruzar o Oceano Atlântico levando centenas de sonhadores aos Estados Unidos, terra da concretização dos sonhos. Gênero: romance/drama. Tipo de narrativa: Factual e ficção.
  • Fase II – Os protagonistas são Leonardo Dicaprio e Kate Winslet. Dicaprio fez o papel de Jack Dawson, um jovem pobre, aventureiro, corajoso e ambicioso que ganhou a viagem do Titanic em uma partida de poker. Winslet, fez o papel da inesquecível Rose DeWitt, uma jovem rica e bonita, mas infeliz.
  • Fase III – No incidente, os jovens Rose e Jack se conhecem e se apaixonam em uma situação de vulnerabilidade. Rose estava prestes a se jogar do navio em uma noite congelante em pleno Atlântico porque estava infeliz, já que iria se casar com um rapaz jovem e rico para salvar sua família que estava à beira da falência. Jack encontra Rose neste momento e sai em busca de uma jornada heróica para salvar a garota desnorteada pela pressão do iminente casamento.
  • Fase IV – Os jovens começam a se conhecer melhor, e a cada encontro, eles se envolvem mais. A paixão os consumia. No entanto, a mãe da Rose e o noivo descobrem o envolvimento aventureiro e a paixão genuína que nascia desse relacionamento proibido. Eles vivem um romance intenso e repleto de aventuras na fuga de quem os perseguia para interromper essa paixão. Nessa jornada para suprir esse romance, o casal apaixonado corria dentro do imenso navio, que estava prestes a afundar.
  • Fase V – Rose se depara com vários questionamentos sobre continuar ou não com o romance. Valeria a pena deixar sua família falir à míngua para viver nos braços de um jovem que acabara de conhecer? Ela jogaria tudo para o alto e viveria intensamente aquela paixão com Jack?
  • Fase VI – Na última fase, Rose descobre que Jack morre ao tentar salvá-la, deixando-a fora da água em cima de uma porta que flutuava no Oceano, após o naufrágio. Ela, sozinha, encontra forças para nadar em direção a um bote salva-vidas que procurava por sobreviventes.
Reprodução

Para ter sucesso no storytelling, apele para o fator emocional. Se conhecer seu público-alvo, o impacto será ocasionado de maneira ainda mais eficiente.

“Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreenda, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge o seu coração.”

Nelson Mandela

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