Qual é a sua maior motivação para liderar pessoas?
O salário?
A carreira?
O posicionamento na vida profissional, social ou pessoal?
Ajudar pessoas?
A família?
Outro motivo?
Todo líder precisa encontrar a sua principal fonte de inspiração. Muitas vezes, ela está ligada à família, ao sonho de crescer profissionalmente para oferecer uma vida melhor, ou ao desejo de provar socialmente — e até para si mesmo — que foi capaz de “chegar longe”. O essencial é manter essa inspiração sempre presente. Um líder sem motivação corre o risco de viver no piloto automático, perdendo a paixão pela vida e o senso de propósito.
“O líder eficaz é aquele que tem poder de motivar. A dificuldade que temos de acreditar em nós mesmos é um dos fatores que leva muitas pessoas a desistirem da liderança, o que é um grande erro.”
(Dr. e Bisp. Robson Rodovalho – O líder que faz a diferença, p. 42)
Mas e você? Já se considerou um líder desmotivado?
Em algum momento, é importante parar para refletir não apenas sobre o que o motiva, mas também sobre o que o desmotiva — aquilo que drena suas forças para continuar guiando outras pessoas. Essa autorreflexão, por vezes com a ajuda de alguém próximo, pode indicar caminhos para criar ações estratégicas e lidar melhor com situações desafiadoras.
Pergunte-se:
- O que me desmotiva atualmente?
- É o medo de fracassar?
- As crenças limitantes sobre minhas habilidades e competências?
- O medo do julgamento alheio sobre a minha liderança?
- A ingratidão, a injustiça ou a falta de reconhecimento?
- Um clima organizacional pesado?
O impacto da liderança na motivação
Segundo levantamento do Instituto Gallup, 77% dos americanos afirmam detestar o próprio trabalho. O principal motivo: o chefe imediato. Mesmo pessoas bem pagas e que realizam tarefas interessantes sofrem quando não há uma relação satisfatória com a liderança.
Fonte: Dr. e Bisp. Robson Rodovalho – O líder que faz a diferença, p. 43.
No Brasil, dados da Central dos Sindicatos Brasileiros apontam como principais causas de desmotivação:
- 36,5%: já ter outro emprego em vista;
- 32,5%: salário baixo;
- 24,7%: falta de reconhecimento;
- 24,5%: falta de ética;
- 23%: adoecimento mental, como estresse;
- 21,7%: problemas com deslocamento;
- 16,2%: conflitos com a chefia.
Termômetro de energia
Faça uma avaliação:
- Em uma escala de 0 a 10, qual o seu nível atual de motivação e energia para trabalhar?
- O que mais aumenta sua energia no ambiente profissional?
- O que mais a drena?
Identificar essas respostas é o primeiro passo para fortalecer sua liderança.
O cuidado com a equipe começa com você
Liderar exige atenção constante ao bem-estar da equipe — mas esse processo começa no autocuidado. É fundamental:
- Atentar-se ao que você fala e escuta;
- Ter clareza e equilíbrio na hora de dar feedbacks;
- Selecionar bem as pessoas que fazem parte do seu círculo íntimo;
- Tratar todos com respeito e empatia.
Sair do piloto automático é agir estrategicamente. Nem sempre haverá tempo para análises demoradas: em algumas situações, será necessário confiar no instinto e agir com agilidade.

Como motivar e promover bem-estar
Algumas práticas podem transformar o clima organizacional:
- Oferecer feedbacks positivos ou utilizar a técnica do sanduíche (elogio, crítica construtiva, elogio) de forma recorrente;
- Reconhecer conquistas e demonstrar gratidão;
- Manter a liderança acessível;
- Exercitar escuta ativa e empatia;
- Propor metas possíveis e saudáveis;
- Celebrar vitórias coletivas;
- Disponibilizar comfort food semanalmente, além de happy hours e eventos comemorativos;
- Oferecer massagens laborais no ambiente de trabalho.
Essas ações fortalecem a relação entre líderes e liderados, melhoram o clima organizacional e criam um ambiente mais saudável e produtivo.
O desafio do líder
Defina, nesta semana, uma ação concreta de motivação. Inspire-se nas sugestões apresentadas e aplique em sua equipe ou setor. Pequenas iniciativas podem gerar grandes mudanças na promoção de bem-estar e engajamento no ambiente organizacional.